ENERGIAS
Cleanwatts ultrapassa metas para desenvolvimento em portugal

Cleanwatts ultrapassa metas para desenvolvimento em portugal

Um ano depois do lançamento da primeira Comunidade de Energia em Miranda do Douro, projeto “100 aldeias” da Cleanwatts já ultrapassou o objetivo

Quando, em agosto do ano passado, a empresa Cleanwatts, a climate tech portuguesa pioneira em Comunidades de Energia Renováveis (CER), lançou a primeira Comunidade de Energia portuguesa, em Miranda do Douro, o objetivo era considerado ambicioso: conseguir, até ao final de 2022, criar 100 Comunidades de Energia, em aldeias portuguesas. Um ano depois, o objetivo não só foi atingido como superado. A Cleanwatts tem, neste momento, mais de 100 Comunidades de Energia (em diferentes estados de desenvolvimento), um número que deixa os responsáveis “muito felizes, orgulhosos e com vontade de honrar a responsabilidade e continuar a fazer mais”.

O projeto 100 Aldeias consiste no desenvolvimento de Comunidades de Energia, onde são integrados diversos membros, como entidades locais, empresas, juntas de freguesia, IPSS, municípios, coletividades e cidadãos, incluindo famílias economicamente vulneráveis, que usufruem de um ecossistema energético. Quem participa pode ter acesso a energia limpa, com isenção de parte das tarifas de acesso à rede. Este projeto permite aumentar o conforto térmico, diminuir os custos energéticos em cerca de 30%, reduzir a pegada ecológica das comunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas aldeias de Portugal.

“O 100 Aldeias é um projeto no qual acreditámos, desde a primeira hora, para dar resposta àqueles que são os principais desafios da transição energética - a necessidade de descarbonização e também os elevados custos de energia – mas também para dar o pontapé de saída à necessária e urgente revolução energética de que Portugal precisa”, explica José Basílio Simões, Vice-presidente e cofundador da Cleanwatts, acrescentando: “é uma felicidade constatar que, apesar de lhe termos chamado “100 Aldeias” o nome já é apenas simbólico, pois o projeto superou amplamente as nossas mais ambiciosas expectativas e, neste momento, já temos mais de 140 Comunidades de Energia, em diferentes processos de desenvolvimento e aprovação”.

E agora? “Agora, vamos continuar. Há muito trabalho para se fazer, não apenas em contexto residencial, mas também a nível industrial e empresarial e temos vários projetos em aberto que queremos implementar. Para além disso, depois da criação de uma nova CER, há uma fase de angariação de novos membros que não queremos descurar. Muitas das nossas CER já estão nessa importante fase: a trazer novos membros para a comunidade”.

Apesar de Portugal estar a fazer “um caminho muito interessante e, até, pioneiro” no que diz respeito à criação de CERs, José Basílio Simões frisa que “a transição energética deve ser feita sem paragens e com caminho aberto para soluções que cumpram os sucessivos planos para descarbonizar as nossas vidas e economias. É preciso obter autorizações de forma célere para alargar a implementação de alternativas que promovam energia limpa, local e mais barata, mas contamos com a sensibilidade dos nossos decisores políticos para esta questão, pois é de um objetivo comum a todos que estamos a falar”. Além disso, “as CER são também uma forma de revigorar as próprias comunidades, com maior proximidade entre as pessoas em torno de uma ideia comum, podendo também funcionar como uma forma de promover as economias locais, em especial as mais rurais ou do interior do país”, conclui.

O 100 Aldeias é um projeto desenvolvido pela Cleanwatts, em colaboração com a About the Energy, que obteve a certificação IIES do Portugal Inovação Social, por ser um projeto Impacto Social que tem, também, o objetivo de combater a pobreza energética. Este projeto foi, recentemente, galardoado com o Prémio Cidades e Territórios do Futuro, promovido pela APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, na categoria “Economia Circular e Descarbonização”, por “estimular a participação ativa dos cidadãos na aceleração da descarbonização e da transição energética de forma justa, democrática e coesa”.

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