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“5G é a grande prioridade na Ericsson”

Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal

“5G é a grande prioridade na Ericsson”

A empresa, liderada por Sofia Vaz Pires, acredita que terá um papel inovador e preponderante na estratégia nacional de transformação digital, mas esta é, como refere a diretora-geral para Portugal, uma revolução que se faz a várias mãos

Há 18 anos, Sofia Vaz Pires iniciava uma já longa carreira no setor das tecnologias da informação, precisamente na Ericsson, onde regressou em julho de 2021 para assumir a liderança da subsidiária nacional. Foram quase duas décadas ligada essencialmente ao mercado das telecomunicações, para agarrar agora o comando da estratégia onde a grande prioridade é o 5G. A CEO acredita que este é um momento de evolução tecnológica mundial, em que Portugal não fica atrás. O país é, na sua opinião, competitivo, inovador e atrativo para o investimento externo, especialmente no setor das tecnologias da informação, e não será o arranque mais tardio do 5G que irá limitar as suas hipóteses de ter um papel preponderante a nível internacional. Para tal, a Ericsson está pronta a fazer a sua parte, tirando partido da liderança mundial nesta tecnologia, onde detém 16% das patentes essenciais do 5G, e 170 dos 180 acordos comerciais de redes 5G, com operadores de telecomunicações em cinco continentes.

A revolução está em curso, mas, alerta a responsável, esta faz-se a várias mãos. Quando o objetivo é construir um ecossistema inovador e capaz de dar resposta às necessidades públicas e privadas, em todos os setores, o esforço tem que ser comum e, no fundo, “remarmos todos na mesma direção”.

A conversa com a IT Insight, na primeira pessoa, deixa ainda exemplos do que já se faz lá fora com o 5G e muito do que a experiência acumulada da Ericsson pode trazer para que Portugal se mantenha competitivo.

 

Em que áreas se movimenta a Ericsson atualmente?

A Ericsson evoluiu, nas últimas décadas, do portfólio que todos conheciam dos telefones e de outras tecnologias. Estamos agora na vanguarda tecnológica de soluções para as redes móveis e, sobretudo, na liderança comercial do 5G que neste momento é a grande prioridade da empresa.

Para fornecer alguns números que reforçam essa liderança, normalmente referimos diversas variáveis, e uma que vem também do grande investimento em R&D que a Ericsson faz a nível mundial, dizemos com orgulho que até à data temos cerca de 16% do que é definido como patentes essenciais do 5G. Isso é basicamente a posição de liderança em termos das patentes registadas. Por outro lado, é com orgulho que também partilho que, neste momento, de 180 acordos comerciais de redes 5G a Ericsson detém 170, isto com operadores de telecomunicações em cinco continentes.

Na Europa já temos mais de 50 referências, portanto, acho que isto é demonstrativo da nossa liderança a nível mundial e também por já estarmos presentes em Portugal, de forma ininterrupta há quase 70 anos – o nosso aniversário será no próximo ano, em 2023 –, também reflete o papel inovador e de preponderância que temos tido no mercado português na estratégia nacional de transformação digital.

 

Portanto, essa é também a estratégia para Portugal?

A nossa grande estratégia em Portugal é mantermos a posição de liderança e, mais do que isso, estarmos focados na implementação de projetos que sejam diferenciadores, tanto para o mercado nacional e para todo o ecossistema, desde empresas privadas e públicas, como os próprios utilizadores finais que no seu conjunto irão ajudar a colocar o país na vanguarda digital.

Convém também dizer que Portugal é, cada vez mais, um país competitivo e atrativo para o investimento externo, especialmente nas áreas de tecnologias de informação e, portanto, é com orgulho que a Ericsson, com o seu know-how e talento das nossas pessoas em Portugal, que são altamente reconhecidas pela expertise que têm na sua área de foco, que estamos também a contribuir para todo esse desenvolvimento.

 

Mas o foco é o 5G, dentro e fora de Portugal?

Atualmente, o grande momento é do 5G. Obviamente que temos um vasto portfólio tecnológico com diversas soluções, não apenas todo o hardware, software e serviços associados à implementação de redes 5G, mas também outras soluções muito assentes em machine learning. Por exemplo, aqui o foco é mais na otimização das redes para que possam operar de forma segura, mas também sustentável de um ponto de vista energético, com benefícios do ponto de vista da pegada de carbono.

Enquanto tudo isto acontece do ponto de vista de soluções comerciais que atualmente já temos disponíveis, a Ericsson, sendo uma empresa de investigação e desenvolvimento tecnológico, está também já a olhar para soluções do futuro como a Internet of Things e, também, toda a tecnologia à volta daquilo que chamamos as máquinas inteligentes conectáveis. Isto sempre assentes em protocolos standard porque também nesse tipo de fóruns a Ericsson tem uma posição de destaque.

 

Na sua opinião, quais são hoje os desafios que tiram o sono a quem está no mercado das telecomunicações?

A Ericsson está presente nas telecomunicações, a nível mundial, há mais de 145 anos e tanto a nível global como local, é uma empresa que se pode dizer que é um parceiro de longa data e de elevada confiança dos nossos parceiros comerciais e do mercado. Temos perfeita noção do poder que tem o nosso know-how acumulado junto dos nossos parceiros e junto da indústria, bem como do nosso papel enquanto parceiro inovador.

Em Portugal, sempre trabalhámos com todos os operadores e queremos continuar a fazê-lo. É importante referir que, à medida que estamos agora muito focados no 5G, a Ericsson posiciona-se aqui para ajudar os nossos parceiros e clientes a destacarem-se com qualidade na forma como fornecem essas experiências aos seus clientes. Portanto, ajudar os operadores – que são os nossos clientes diretos –, a entender como é que podem responder de forma adequada às necessidades dos seus clientes finais. Porque mais do que um bom serviço de comunicações de qualidade, é importante destacarem-se agora com diferentes camadas de conectividade na apresentação do mesmo serviço, de forma que o cliente final possa ter uma experiência com qualidade, mas também um serviço que realmente agregue valor.

 

Podemos dizer que o arranque do 5G é o mais emblemático de 2022. Estamos a começar, mas há outros países mais avançados. Que use cases destaca noutros países e quais os que, na sua opinião, se poderão destacar ou ser os primeiros a arrancar em Portugal?

Acho que há que destacar que também advém da nossa liderança em termos de soluções de 5G a nível mundial, as experiências que podemos trazer de outras geografias para Portugal. O que temos visto é que, de facto, o impacto do 5G afeta de forma positiva várias indústrias de forma transversal como sejam, por exemplo, a indústria manufatora, a indústria automóvel, mas também outras indústrias como portos, logística e saúde.

As caraterísticas associadas à tecnologia 5G, como as redes de alta qualidade com baixa latência permitem, de facto, entregar experiências de alta qualidade nestas indústrias. Para dar alguns exemplos concretos de projetos associados a estes setores que fizemos em alguns países que, certamente, o nosso mercado nacional pode beneficiar destaco, por exemplo, em Itália, o Porto de Livorno. Ali utilizámos a tecnologia 5G e as soluções da Ericsson para fazermos a operação dos navios de forma mais eficiente e, também, a carga e descarga que acontece entre os barcos e os camiões que estão no porto, de forma que os operadores possam identificar – através de soluções de realidade aumentada e machine learning –, onde colocar uma determinada carga e qual a rota mais inteligente a seguir. Isto, pelo menos neste projeto de Livorno, foi algo que se traduziu em benefícios muito concretos. Tanto a nível da redução da pegada de carbono em cerca de 10%, como em termos do benefício do aumento de eficiência de cerca de 28% na forma como estas rotas são feitas dentro do porto.

Outro exemplo muito interessante é, por exemplo, junto da fábrica da Mercedes, na Alemanha – e há que referir que todos estes casos de uso são feitos com a empresa em si, mas também com o operador. Aqui o caso de uso foi, não só, descarregarem o software para os automóveis através da tecnologia 5G, mas também a entrega dos materiais nos diferentes postos de trabalho na fábrica. Outra solução interessante, também dentro deste caso de uso, foi a identificação de todas as ferramentas que os operários estavam a usar para que soubessem sempre onde estavam as suas ferramentas.

 

Referiu a saúde, um setor que ganhou destaque com a pandemia. Pode dar-nos alguns exemplos do que já fizeram a nível internacional?

Sim. Por exemplo no Reino Unido, juntamente com a Universidade Coventry. Através do uso de tecnologia de realidade virtual, os estudantes de medicina conseguiram ver partes do corpo humano de uma forma que não poderiam compreender se vissem apenas em formato 2D (fosse num computador ou num livro), e isto também já foi usado na preparação de cirurgias de forma a serem o menos invasivas possíveis.

Neste sentido, estes estudantes, para serem futuros cirurgiões, podem preparar através de um modelo 3D digital exatamente onde está o problema e como o podem atacar de forma preditiva, antes de realmente entrarem na operação.

 

E se pensarmos mais ao nível da cultura ou do entretenimento. Há exemplos?

Também se prevê que haja uma verdadeira revolução a nível do entretenimento dos utilizadores finais. Por exemplo, através do uso de soluções de realidade aumentada ou realidade virtual, sendo exemplo disto o uso de hologramas em concertos. Ou dando um exemplo mais concreto: na Coreia do Sul o que estão a fazer em monumentos históricos é colocarem uns óculos aos visitantes para que estes consigam ter uma perceção de como as pessoas naquela época se vestiam, lutavam, ou seja, ter experiências muito imersivas. Sendo Portugal um país com uma História tão rica, acho que seria uma ideia facilmente aplicável.

 

E sobre o que já foi testado em Portugal, o que nos pode revelar?

Temos vários exemplos concretos de inovação que temos feito em Portugal, à volta do 5G. Em outubro divulgámos, em conjunto com a NOS, a primeira escola 5G em Matosinhos. Também em 2021, certamente se recordam da orquestra conduzida pela maestrina Joana Carneiro, que foi totalmente assente numa experiência 5G fornecida pela Ericsson. Outro exemplo foi o transporte via holograma de um pivô da TVI para um espetáculo em Paredes de Coura, em parceria com a Vodafone. E, em 2019, outro caso prático foi um simulacro numa situação de emergência feita em conjunto com a Altice, em Aveiro. Portanto, penso que há uma infinidade de experiências que certamente vão transformar as experiências

 

Acha que será possível a Europa aproveitar esta oportunidade para avançar com a reindustrialização?

Sim, sem dúvida. Na verdade, as tecnologias vêm trazer as pessoas mais perto entre si mesmas e também mais perto das coisas. Obviamente que para Portugal, já no curto-médio prazo, podemos ver benefícios de cariz económico, em que podemos acelerar a produtividade de determinados setores. Por exemplo, já não importa onde é que o talento ou a pessoa que é especialista numa determinada área está. Esse especialista pode estar a operar uma fábrica que fica no interior do país, o que também nos permite aproximar o litoral do interior, o que é sempre uma questão importante.

Isto tem impactos de cariz económico, do ponto de vista geográfico e, naturalmente, também se traduz em qualidade de vida porque, sobretudo para Portugal, pode ter vantagens diretas e impactos imediatos, na estratégia de como realmente desenvolver o interior e aproximar as indústrias de onde o talento está.

 

Acha que o interior será contemplado nas fases de roll-out do 5G? Vamos ter um rol-out faseado de forma uniforme em todo o país?

Convém dizer que o roll-out será feito e tivemos vários operadores que obtiveram licença de rede para operar redes 5G após o fecho do leilão. E um dos requisitos do leilão será a cobertura de todo o território nacional a 95% até ao ano de 2025.

Portanto, esse roll-out será feito pelos nossos operadores, em linha com o regulamento estipulado pelo leilão. Também gostaria de acrescentar que numa primeira fase, e a nível de benefícios do 5G, ao longo dos próximos anos – e tal como já referi relativamente aos casos de uso das diferentes empresas –, o 5G será especialmente relevante para a indústria e para os setores produtivos.

Obviamente que toda a parte das experiências para o consumidor final é algo em que estamos a trabalhar, como já referi, através de soluções de realidade aumentada, realidade virtual e através de conteúdos de alta qualidade. E um exemplo é no segmento dos gamers, ou seja, sabemos que aqui é fundamental que tenham qualidade na experiência e, para tal, a latência tem de ser muito reduzida. É um daqueles exemplos que encaixa perfeitamente numa das aplicabilidades da tecnologia 5G, em que podemos dar o mesmo nível de acesso anytime, anywhere. Portanto, não importa se a pessoa está num dispositivo móvel ou num dispositivo fixo, mas a ideia é transmitir e dar aos clientes finais a mesma experiência, independentemente do meio de acesso.

Acho que há aqui toda uma progressão na forma de adoção do 5G, tanto a nível territorial e geográfico, como também do ponto de vista de aplicabilidade, quer seja no setor da indústria ou no cliente final.

 

Outra coisa interessante é o aparecimento das redes privadas de 5G. Vê isso como uma solução viável em Portugal, haver empresas e instituições que optem por essa via? E se assim for, quais poderão ser os use cases que levem a um investimento desse tipo?

No seguimento da nossa liderança tecnológica, especificamente nas redes móveis, obviamente que o nosso posicionamento é sempre continuar a inovar e antecipar eventuais requisitos dos nossos clientes. E especificamente na parte das redes privadas é importante dizer que as nossas soluções são de alta qualidade, de baixa latência e oferecem uma conetividade segura, o que vai ao encontro das necessidades de transformação digital de uma organização.

Uma rede privada é algo fácil de instalar e é na verdade a recomendação para aplicações de uso industrial, tal como os exemplos que já falámos. Neste sentido, cada empresa pode ter o seu portal de gestão em que vai adaptando a experiência consoante as suas necessidades e também garantindo o acesso que necessita de dar aos seus utilizadores. Este acesso, obviamente permite escalabilidade, uma vez que permite que a solução possa ser gerida na cloud, garantindo que a solução está sempre atualizada e também permite – à medida que a empresa cresça –, escalar de forma a garantir compatibilidade com as necessidades em cada momento. As nossas soluções permitem esta evolução na jornada digital que as empresas estão a fazer e pode ser adaptada a qualquer dimensão – desde pequenas a grandes empresas –, e o fundamental é que se consiga responder a cada situação. Desde a gestão de portos à implementação de uma fábrica inteligente, outros exemplos na saúde ou experiências no ambiente académico, para garantir a melhor experiência possível para aquele espectro de utilizadores que estão a captar aquela experiência.

 

Em relação ao atraso que Portugal tem relativamente aos outros países da Europa, acha que com a preparação prévia que os operadores foram fazendo é possível que em breve consigamos reduzir o gap temporal?

Sem dúvida. Aliás, acho que isso também é o papel da Ericsson, também devido ao seu papel de liderança e conhecimento de redes 5G, de trazer experiências de outros mercados e trazer esses casos que já foram implementados lá fora e adaptá-los – consoante faça sentido –, à nossa realidade nacional. Mas, para isso, necessitamos de fazer este trabalho junto dos nossos operadores. Nesse sentido, sendo a Ericsson uma empresa mundial que está a liderar o desenvolvimento do 5G, tanto do ponto de vista de investigação como de operacionalização nas redes comerciais, conseguimos mitigar o atraso porque essas experiências vão, obviamente, acelerar o processo de implementação em Portugal e, mais que isso, adequar e dizer quais são as experiências que fazem mais sentido para a nossa realidade.

 

Como é que a Ericsson hoje se posiciona neste espaço da descentralização do Edge (o que quer que hoje seja o Edge)?

O 5G e o Edge irão fomentar as várias oportunidades em termos de receitas em diferentes aplicações, sejam receitas em manufatura, transportes, gaming, entre outras. O Edge em redes móveis é muitas vezes referido como o mobile edge computing. Basicamente, na nossa linguagem isto quer dizer que é colocar os recursos de execução, do ponto de vista de armazenamento, mas também da própria computação do aplicativo, em redes próximas aos utilizadores finais para proporcionar uma melhor experiência.

Vemos muito isto nos casos de gaming, por exemplo, em que a nível de experiência de cliente final é bastante exigente. Portanto, há aqui um cenário em que em vez de todo o aplicativo estar no telemóvel do utilizador, como as nossas soluções incluem baixa latência e elevada largura de banda, o que é feito é distribuir a mesma inteligência e o mesmo asset por vários sites dentro da cloud.

Obviamente que isto permite uma grande oportunidade para os fornecedores de serviços, porque em vez de haver um modelo tradicional de conetividade, estamos a falar de uma rede totalmente distribuída que permite, não só melhorar a experiência, como também do ponto de vista de utilizador final já não precisa de ter um smartphone que aguente com uma bateria e capacidade de armazenamento que suporte toda essa experiência. Isto vai desde as experiências de gaming para o utilizador final, como também outras experiências que incluem aplicativos para a área industrial em que, nesse caso, pode ser haver um complemento entre a tal rede privada das indústrias e a rede comercial dos operadores, em que o próprio Edge pode ser colocado em instalações corporativas, seja dentro de prédios, fábricas, comboios, aviões ou carros particulares. E isto é de forma a garantir sempre uma melhor experiência para o utilizador final, e que seja tudo feito de forma eficiente do ponto de vista do fornecedor de serviços.

 

Que perceção tem a Ericsson, em termos do mercado nacional, sobre a recetividade das empresas em relação ao 5G?

Obviamente que isto será sempre um processo que vamos desenvolvendo em conjunto com os nossos parceiros operadores, mas sem dúvida que é interessante referir que desde a administração pública às entidades privadas, há bastante curiosidade em perceberem exatamente os benefícios do 5G. Isto, não só de uma perspetiva da aproximação das pessoas à tecnologia, mas também a todos os benefícios que daí advêm, desde benefícios de cariz económico a benefícios sociais. Ou seja, para ter uma determinada experiência já não importa onde a pessoa está e, com isto, acho que há muitos benefícios para ainda descobrir, mas há sempre – como em qualquer outra tecnologia –, uma curva natural de adoção que tem a ver com a preparação do mercado para a receção dessa mesma tecnologia e, também, com a evolução natural da tecnologia.

É importante referir que estamos na fase inicial, pelo menos no mercado nacional, mas esperamos que à medida que vamos trazendo esses casos de uso e essas experiências de outros mercados que uma referência gere outra e que se consiga aqui um interessante efeito bola de neve.

 

Que mensagem gostaria de passar aos leitores da IT Insight, e também aos gestores nacionais, relativamente a esta altura de transição em que nos encontramos?

Diria que, neste momento, estamos num verdadeiro momento de evolução tecnológica em Portugal. Portugal já é um país bastante competitivo, inovador e atrativo de investimento externo, especialmente no setor das tecnologias da informação. E é muito interessante ver que Portugal é muitas vezes usado como referência a nível tecnológico. Portanto, para os vossos leitores, acho que a minha questão é como é que todos em conjunto criamos um ecossistema que beneficie as empresas, a sociedade e o nosso país. Penso que é necessário e seria positivo haver mais sessões de debates entre todos, exatamente para identificarmos essas oportunidades com as quais todos podemos beneficiar.

Isso requer algum brainstorming para identificar situações que sejam win-win para todos – é um ecossistema bastante completo e complexo –, mas penso que pelo menos não há dúvida de que é uma transformação tecnológica que vai trazer benefícios de larga escala em vários setores. Isso é sem dúvida um bom momento onde todos podemos contribuir e não é em todas as décadas em que podemos assistir e participar nesta revolução tecnológica que estamos agora a iniciar.

Portanto, deixo aqui a todos um voto para participarmos nesta discussão, porque acho que é uma revolução que se faz a várias mãos e, portanto, pelo menos da minha parte e da Ericsson Portugal há toda a disponibilidade e interesse em também dinamizarmos esse tipo de discussões e de debates.

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