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Adam Sager prioriza utilidade na IoT doméstica

Web Summit 2016

Adam Sager prioriza utilidade na IoT doméstica

Na sua intervenção na Web Summit passada terça-feira (08/11), o CEO da Canary argumentou contra a total automação nas Smart Homes, sublinhando a importância de encarar a conetividade como um meio para resolver problemas e não um fim em si própria.

A Internet of Things não tem de ser, nem deve ser, a Internet de todas as coisas.

De acordo com Adam Sager, Chief Executive Officer da Canary, gerir uma casa verdadeiramente inteligente nos dias de hoje não tem a ver com quantos dispositivos smart tem ligados à sua rede, se as luzes mudam de cor ao longo do dia, ou se o seu frigorífico grita consigo quando precisa de manutenção. Não estamos ainda ao nível do clássico cartoon dos Jetsons, em que uma família futurista disfruta de uma casa totalmente automatizada—e não parece que casas inteligentes totalmente automatizadas sejam uma prioridade.

Tecnologias smart devem servir para realinhar a forma como encaramos as nossas casas e a nossa segurança pessoal. O objetivo não é tornar as casas inteligentes, mas sim tornar os indivíduos mais inteligentes sobre o ambiente em que estão em casa. Para um fabricante de dispositivos de segurança, isto significa oferecer ao cliente a possibilidade de estar conectado com a sua casa mesmo quando não está lá.

Noutras palavras, a não ser que um produto IoT ofereça mais benefícios do que dá trabalho a operar, a maioria das pessoas não irá comprá-lo, ou acabará por não o usar. Por exemplo, poder-se-ia construir uma plataforma inteligente que muda o canal da sua televisão a determinadas horas, mas na prática é muito mais fácil pegar no comando e mudar de canal manualmente.

Esta é uma atitude na qual Sager se mantém firme. Já em 2014 o CEO refletia sobre a IoT e os perigos de introduzir tecnologias no mercado antes de serem devidamente desenvolvidas, comentando:

“Ao contrário da crença popular, a indústria da tecnologia não existe só para inventar coisas interessantes; precisa de oferecer coisas que as pessoas verdadeiramente queiram, o que é mais difícil do que parece.”

Sager acredita que as melhores inovações vêm de investir tempo em realmente compreender o problema; soluções elegantes devem ser suportadas por tecnologia, não focadas nela.

“O que não estamos a ver é automação total,” afirmou no seu discurso para a Web Summit 2016 na última terça-feira. “A maior parte das pessoas simplesmente não está interessada.”

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