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Maioria das pessoas prevê que mudanças climáticas se agravem severamente nas suas regiões na próxima década

Maioria das pessoas prevê que mudanças climáticas se agravem severamente nas suas regiões na próxima década

Um estudo do Fórum Económico Mundial descobriu que 88% dos adultos inquiridos em Portugal esperam impactos severos ou muito severos na próxima década, liderando a lista em relação aos 34 países participantes

Uma investigação conduzida pelo Fórum Económico Mundial (FEM) e a Ipsos a mais de 23 mil adultos em 34 países indica que 56% das pessoas afirmam que as alterações climáticas já tiveram e estão a ter um efeito severo nas suas áreas, enquanto 71% - e uma maioria em todos os países que participaram no estudo – espera o mesmo efeito nos próximos dez anos, nas suas regiões. Já 35% prevê ter de se mudar por esta razão até 2047.

Portugal lidera o grupo de países cujos cidadão esperam impactos severos ou muito severos na próxima década, com 88%. Segue.se o México e Hungria com 86% e a Turquia e Chile com 85%. “Estamos numa crise climática. Os resultados da sondagem afirmam que, em todo o mundo, as pessoas já sentem os efeitos hoje e temem pelo seu futuro amanhã”, disse Gim Huay Neo, diretor-geral e chefe do Centro para a Natureza e o Clima do FEM.   

A crise afeta toda a gente. Temos de trabalhar em conjunto, adaptar-nos às alterações climáticas e, simultaneamente, acelerar e escalar a ação para um planeta mais saudável, mais verde e mais sustentável”, acrescentou. “Precisamos de uma abordagem holística, envolvendo todas as partes interessadas – governos, empresas e sociedade civil – para cocriar soluções e responder eficazmente a esta crise”, completa.

Os países onde as alterações climáticas induziram a mais deslocações foi a Índia, com 65%, seguida da Turquia, com 64%, bastante acima dos restantes países inquiridos. Em contraste, apenas 17% dos suecos, 21% dos argentinos ou 21% dos holandeses esperam deparar-se com este cenário.

Em termos demográficos, o estudo concluiu, ainda, que a perceção da possibilidade de serem deslocados das suas regiões diminui significativamente com a idade. A nível global, 43% daqueles abaixo dos 35 anos e 37% daqueles entre os 35 e os 49 anos acreditam ser provável terem de se mudar nos próximos 25 anos devido às mudanças climáticas. Contudo, apenas um quarto dos inquiridos com idades compreendidas entre os 50 e os 74 têm esta preocupação.

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