SMART CITIES
Seis projetos-piloto para tornar Lisboa uma cidade net-zero

Seis projetos-piloto para tornar Lisboa uma cidade net-zero

O mart Open Lisboa Transição Energética, programa de inovação colaborativa da Câmara Municipal de Lisboa, juntou startups com organizações-chave em Portugal para liderarem a transição energética da capital

No âmbito do programa Smart Open Lisboa Transição Energética, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e gerido pela consultora de inovação colaborativa Beta-i, 10 empresas com presença no mercado nacional e startups, tanto nacionais como internacionais, juntaram-se para desenvolverem soluções focadas em acelerar a transição energética de Lisboa, rumo a uma cidade net- zero. Foram seis os projetos-piloto a chegarem ao final do programa para dar resposta a diferentes desafios da cidade e que passarão já para a fase de aplicação em contexto real, existindo outros ainda em estudo e com possibilidade de se virem a concretizar.

Durante os últimos seis meses, empresas e empreendedores dedicaram-se ao desenvolvimento dos pilotos, de forma a responderem às necessidades identificadas na cidade, utilizando dados reais, com vista a melhorar a vida na capital. A Ana Aeroportos, Brisa, Carris, Delta, EDP, Galp, Greenvolt Comunidades, Schréder, Sonae Sierra e Sporting Clube de Portugal foram os parceiros do programa e que trabalham ao lado dos empreendedores. A estes, juntaram-se a 3xP Global, a Adene – Agência para a Energia e a Vieira de Almeida como parceiros institucionais, dando apoio e trazendo conhecimento nas suas áreas ao longo do programa.

“O Smart Open Lisboa é mais uma das ferramentas essenciais para a transformação de

Lisboa na Capital da Inovação. Esta transformação foi uma das metas que propusemos

aos lisboetas e, para a atingirmos, estamos a trabalhar para promover a inovação de

forma transversal à economia da cidade, aprendendo com o seu ecossistema

empreendedor e trazendo-a também para os seus setores.

criar e a reforçar laços numa comunidade de instituições que veem a

inovação de forma colaborativa como uma prática de co-criação e como solução para

os desafios centrais das áreas estratégicas de Lisboa

Diogo Moura,

Vereador da Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa

continuamos a

Com este programa,

”, considera .

Diogo Teixeira, CEO da Beta-i, explica que “uma capital neutra em carbono até 2030

é uma meta de todos, mas também um grande desafio no qual a generalidade dos

stakeholders da cidade, sem exceção, precisam de estar envolvidos. Só através da

inovação em colaboração será possível desenvolverem-se soluções de impacto e

escaláveis, que se traduzam em passos significativos no que respeita à transição

energética. O Smart Open Lisboa é exemplo disso e os seus resultados não poderiam

ser mais positivos, perante o seu enorme potencial para as empresas e para os vários

setores da cidade”.

Entre os projetos-piloto do programa está uma ferramenta analítica baseada em

Inteligência Artificial e machine learning, desenvolvida pela startup EVE em parceria

com a Brisa, e que auxilia na tomada de decisão relativamente à assistência rodoviária

da sua frota elétrica. Num outro projeto-piloto, a Brisa juntou-se à Schréder numa

parceria com a startup canadiana Liveable Cities, que vem monitorizar dois nós de

autoestrada operados pela Brisa. A tecnologia da Schréder, combinada com as

capacidades dos sensores da Liveable Cities, irão fornecer uma solução para

monitorizar o comportamento dos veículos, as velocidades e os parâmetros ambientais

e permitirá à Brisa compreender o comportamento do trânsito nas interceções e

perceber o seu impacto ambiental.

A Carris, também em conjunto com a Schréder e a startup Liveable Cities, vai fazer uma monitorização das condições ambientais nas suas instalações de armazenamento e manutenção. Esta solução permite detetar alterações, enquanto se concebem e implementam políticas para melhorar os procedimentos operacionais utilizados nas instalações. Simultaneamente, a Carris vai reforçar a aposta na transição energética com um segundo projeto-piloto, baseado na análise de dados sobre o desempenho dos seus veículos. O projeto, com a startup irlandês EVE, tem como objetivo otimizar a gestão da frota e reduzir o consumo de energia – e consequentes emissões de CO2. Este piloto irá aplicar a tecnologia nos veículos elétricos ligeiros da Carris.

A ANA – Aeroportos de Portugal, em conjunto com a startup espanhola Predictive Company está a desenvolver um piloto que irá permitir a integração da tecnologia de IA no Terminal 2 do Aeroporto de Lisboa, para tornar mais eficiente o seu sistema de climatização. Este projeto levará ainda à poupança de energia, otimização dos custos e à redução das emissões de CO2. Por fim, a empresa está também a estudar a possibilidade de avançar com novas abordagens e com a implementação de microturbinas eólicas em contexto de aeroporto.

Esta edição introduziu ainda no programa a criação de uma componente de comunidade que assenta numa plataforma de partilha de conhecimento e experiências, e que permite às empresas envolvidas discutirem temas prioritários com uma visão estratégica. Este SOL Transição Energética é um dos verticais do Smart Open Lisboa (SOL), que tem como objetivo promover a inovação e colaboração entre diferentes stakeholders – a cidade, os seus cidadãos, empresas e startups.

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