SMART CITIES
Sustentabilidade será o principal foco das Smart Cities nos próximos anos

Sustentabilidade será o principal foco das Smart Cities nos próximos anos

Em 2020, metade das iniciativas smart city focar-se-ão em fatores relacionados com sustentabilidade, com um substancial impacto positivo na economia e na indústria da tecnologia, de acordo com a Gartner.

Em 2020, metade dos objetivos de iniciativas Smart City serão indicadores-chave de performance (KPI) em mudanças climáticas, resiliência e sustentabilidade, de acordo com a Gartner, maior empresa de pesquisa de mercado na área da tecnologia. As cidades estão a definir novos objetivos e transformá-los em programas tangíveis. Isto cria resultados quantificáveis que vão de encontro aos objetivos estabelecidos no COP 21 em Paris para reduzir emissões de gases de estufa.

“Com os objetivos de eficiência energética, redução de emissões de carbono e energias renováveis do Horizon 2020 em mente, muitas cidades europeias lançaram iniciativas de sustentabilidade energética, gestão de recursos, inclusão social e prosperidade comunitária,” afirma Bettina Tratz-Ryan, Research Vice President da Gartner.

No decorrer da Gartner Symposium/ITxpo, Tratz-Ryan discutiu como as tecnologias IoT e a capacidade de analisar Big Data de forma contextualizada podem acelerar a execução de iniciativas Smart City.

Grandes cidades têm adotado objetivos de mobilidade e transporte para resolver ou mitigar problemas de congestionamento de tráfego com soluções Smart City com base na IoT, mas mobilidade urbana não está limitada à melhor escolha para ir de A a B.

“A normalização do carpooling, a eletrificação dos transportes públicos, as infraestruturas de suporte para veículos elétricos e tarifação de congestionamento para veículos a motor de combustão, todos estes exemplos estão a potenciar a limpeza do ar, reduzindo as emissões de carbono e o consumo energético, enquanto ao mesmo tempo reduzem os níveis de poluição sonora nas ruas.”

Tratz-Ryan fez também referência ao Florence Card (passe turístico oficial da cidade de Florença) como exemplo de como estas medidas podem trazer benefícios económicos substanciais. “O Florence Card oferece transporte gratuito em autocarros elétricos em muitos locais turísticos, ajudando a melhorar a experiência turística e cultural dos visitantes enquanto utilizam transportes ecologicamente sustentáveis,” explica Tratz-Ryan. “Este é um exemplo de como existem vantagens económicas em medidas diretamente relacionadas com resultados em mudança climática, resiliência e sustentabilidade.”

Os sensores, como elemento chave das Smart Cities, vieram a tornar-se críticos na execução de objetivos de mudança climatérica. De acordo com a Gartner, em 2017 cerca de 380 milhões de objetos conectados estarão a ser aplicados nas cidades para alcançar objetivos de sustentabilidade e mudança climática, e este número irá aumentar para 1.39 mil milhões em 2020, representando 20% de todos os objetos conectados aplicados em iniciativas de Smart City. Em 2017, casos de uso em Smart Buildings comerciais e em transportes serão os principais contribuidores, representando 58% de todas as aplicações IoT em Smart Cities.

Devido à diretiva Ecodesign, que estipula que todos os membros da UE terão de completamente eliminar o uso de lâmpadas incandescentes na iluminação pública até ao fim de 2016, os analistas da Gartner preveem que estes objetivos de sustentabilidade tenham também um impacto positivo no investimento e inovação, especialmente para os sectores industriais localizados em corredores urbanos

“As cidades tornar-se-ão os centros de excelência ambiental para os novos desenvolvimentos tecnológicos, oferecendo um ambiente de teste de esforço para a indústria,” afirma Tratz-Ryan. “As vantagens para as cidades serão profundas. Estas irão não apenas alcançar os objetivos estabelecidos do Horizon 2020, mas também desenvolver condições mais ecológicas e inclusivas para os seus cidadãos.”

Paralelamente, a Diretiva de Eficiência Energética da UE implica que edifícios públicos e bens imóveis privados terão de reduzir o se consumo energético em 3% por ano. Hoje em dia, a iluminação e climatização são responsáveis por aproximadamente 60% do consumo energético de um edifício

“Implementar um sistema integrado de automação de edifício para a iluminação e climatização pode reduzir o consumo energético até 50%,” afirma Tratz-Ryan. “Isto constitui uma contribuição significativa para o compromisso das cidades para reduzirem a sua pegada ecológica.”

Companhias que implementem um sistema inteligente de iluminação LED podem verificar até 60-70% de poupança em custos de iluminação. Ao integrar um sistema de ventilação e climatização com detecção de presença e uso, a poupança total em consumo energético poderá chegar até 50%.

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