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Tecnologia de projeção “dá vida” a imagens estáticas

Tecnologia de projeção “dá vida” a imagens estáticas

A NTT Communication Science Laboratories, companhia sedeada em Quioto (Japão), anunciou o desenvolvimento de uma inovadora técnica de projeção que transmite uma sensação de movimento a diferentes tipos de objetos estáticos, como pinturas ou fotografias

O mapeamento de vídeo – um processo habitualmente usado em eventos ao ar livre através do qual objetos reais são sobrepostos com imagens projetadas pelas chamadas lâmpadas shader – é não só tecnicamente difícil de executar mas também bastante dispendioso: isto levou a já referida empresa japonesa a criar uma solução alternativa a que chamou HenGenTou, ou “lâmpadas de deformação”, em português.
A tecnologia HenGenTou funciona por meio da projeção de um padrão na escala do cinzento sobre uma imagem estática com a forma genérica da parte desta última que se pretende modificar/mover: a adição de movimento à luz da projeção leva o cérebro humano a interpretá-la como o movimento da imagem subjacente: tal ilusão preserva a imagem real – sem a necessidade de alterar fisicamente sua aparência – e cria um sistema que requer muito menos capacidade de computação que as típicas técnicas de mapeamento de vídeo, reduzindo substancialmente os seus custos.

De acordo com a NTT o cérebro humano interpreta o jogo de luz como um movimento da imagem real em virtude de as informações relativas à cor e à forma desta serem transmitidas por caminhos neurológicos distintos dos do movimento. Assim, quando o dito cérebro forma uma imagem visual coerente de uma determinada cena através da associação dos valores de cor e de forma com os do movimento, corrige automaticamente as pequenas quantidades de desalinhamentos e de anomalias presentes nas fontes e assume os padrões produzidos pela projeção como alterações da imagem.

O sistema pode ser usado em condições de iluminação ambiente intensa, e os investigadores dizem que também pode ser aplicado a objetos a três dimensões – embora isso seja muito bastante mais difícil de alcançar devido a uma maior restrição das condições de visualização nas quais é eficaz: o observador tem por exemplo de se encontrar diretamente à frente do objeto.
Entre as aplicações potenciais do HenGenTou encontram-se por exemplo a publicidade e o design de interiores, com a projeção de efeitos como fluxos de água ou de ondas de calor ascendentes em paredes e tetos.

O objetivo da companhia é ter uma versão comercial desta tecnologia até aos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, e lançá-la no mercado logo a seguir.

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