ENERGIAS
Cleanwatts cria comunidades energéticas em Braga e Vila Real

Cleanwatts cria comunidades energéticas em Braga e Vila Real

A Cleanwatts vai criar Comunidade de Energia Renovável com os Colégios João Paulo II e apoiar mais de 260 famílias carenciadas em em Braga e Vila Real

A Cleanwatts ganhou o projeto para a criação da Comunidade de Energia Renovável (CER) dos Colégios João Paulo II, em Braga e Vila Real, que tem como objetivo a sustentabilidade, a redução de custos relacionados com a energia desta instituição e, também, o combate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região. Esta CER vem no seguimento da comunidade assinada, há semanas, com a Arquidiocese de Braga e de uma série de outros projetos que a empresa – pioneira em Comunidades de Energia Renovável em Portugal - tem em desenvolvimento, nacional e internacionalmente, com instituições religiosas e de solidariedade social. Através deste projeto, o Colégio João Paulo II apoiará mais de duas centenas e meia de famílias que beneficiarão de uma tarifa social cerca de 30% inferior às atuais tarifas de mercado. A Cleanwatts operacionalizará a comunidade de energia sem qualquer necessidade de investimento por parte dos Colégios.

“Vamos instalar uma Central Fotovoltaica de 430,5kW nos telhados dos Colégios, tanto em Braga, como em Vila Real, que será integrada numa Comunidade de Energia Renovável”, explica José Basílio Simões, fundador e presidente da Cleanwatts, acrescentando que “esta CER vai assegurar uma poupança que representa um desconto médio de 79% face à tarifa estimada para a energia da rede”. Para além da redução de custos, os Colégios João Paulo II tornam-se, através deste projeto, carbon-positive, passando a gerar mais 49% de energia do que consomem, e independentes energeticamente, pois 58% da energia consumida passa a ser proveniente da central solar (autoconsumo).

“A vertente social e de combate à pobreza energética é uma das principais facetas das Comunidades de Energia e quando o cliente é uma instituição de cariz religioso, que tem como missão o apoio à comunidade, esta vertente trona-se ainda mais relevante”, afirma José Basílio Simões, avançando com alguns números: “através deste projeto, os Colégios apoiarão 263  famílias, que beneficiarão de uma tarifa social cerca de 30% inferior às atuais tarifas de mercado”.

“A criação de uma CER nos três Colégios João Paulo II, propriedade da ASDPESO, vem de encontro a uma resposta destes Colégios, Católicos, à Encíclica do Santo Padre Francisco, a "Laudato Si". Não quisemos deixar de responder ao apelo do Santo Padre: proteger o meio ambiente e cuidar da nossa casa comum. E, desde logo, pusemos pés ao caminho, pois já em 2016 colocámos um hectare e meio do nosso terreno a funcionar em sistema de produção alimentar biológica certificada”, explica Mário Paulo Pereira, Presidente do Conselho de Administração dos Colégios João Paulo II, acrescentando que a instituição também já trocou parte da frota automóvel por viaturas elétricas. “De maneira a sermos produtores de Oxigénio e não de CO2”, explica.

“Também dentro da nossa missão de ensino integral do ser humano, queremos demonstrar, através do exemplo, que devemos ter em atenção a sustentabilidade energética, com a consequente redução de custos para a Instituição e para as famílias. E, partilhar o projeto com as famílias em pobreza energética na região”, frisou o responsável pelos Colégios, para quem é essencial “ter um papel ativo na proteção do meio ambiente, cuidando da nossa casa comum. Fazendo perceber, sem extremismos, que temos de viver com a natureza, pois somos parte integrante dela”, conclui.

Apesar de o projeto estar a nascer, já há planos para o futuro próximo: “A CER dos Colégios João Paulo II irá arrancar centrada nas instalações onde será instalada a central fotovoltaica (produtor-âncora). Numa fase posterior, a Cleanwatts angariará consumidores nesta região, de preferência com afinidades sociais e perfis de consumo complementares ao do produtor-âncora”, explica José Basílio Simões. “A CER poderá, posteriormente, crescer com a adesão de novos membros produtores, que tenham telhados ou terrenos com capacidade para expandir a potência fotovoltaica instalada. A CER também poderá crescer com a introdução de outras fontes de geração renovável, como eólica, biomassa ou hidroelétrica, por exemplo”, conclui o responsável.

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