ENERGIAS
Endesa lança plano estratégico de sustentabilidade

Endesa lança plano estratégico de sustentabilidade

Com este Plano, a Endesa atualiza o seu compromisso com a sustentabilidade financeira e ambiental como forma de liderar uma transição energética justa e inclusiva, minimizando a sua pegada ambiental e maximizando o seu impacto social positivo, criando valor nas áreas onde opera, proporcionando competitividade às famílias e às empresas e retorno do investimento

O Conselho de Administração da Endesa aprovou o Plano Estratégico de Sustentabilidade 2024-2026, elaborado com a participação de todas as áreas da empresa e cujo acompanhamento e avaliação serão da responsabilidade da Comissão de Sustentabilidade e Governo Corporativo, composta por quatro administradores da empresa.  Com este Plano, a Endesa atualiza o seu compromisso com a sustentabilidade financeira e ambiental como forma de liderar uma transição energética justa e inclusiva, minimizando a sua pegada ambiental e maximizando o seu impacto social positivo, criando valor nas áreas onde opera, proporcionando competitividade às famílias e às empresas e retorno do investimento.

“Numa altura de incerteza em relação aos parâmetros ESG, a empresa continua firmemente empenhada na sustentabilidade e no seu roteiro para se tornar uma empresa de emissões zero até 2040", afirma María Malaxechevarría, Diretora Geral de Sustentabilidade. "Esta mudança para uma economia descarbonizada representa uma oportunidade para o progresso económico e social e para melhorar o planeta, o que requer uma estratégia inovadora que é explicitada através das 91 medidas incluídas no atual Plano de Sustentabilidade", acrescenta a também Diretora da Fundação Endesa.

O documento é atualizado anualmente e envolveu as partes interessadas da empresa através de mais de 1.100 inquéritos online, para identificar impactos, riscos e oportunidades. 

Como sublinha Malaxechevarría, o Plano de Sustentabilidade "inclui objetivos claros que orientam toda a estratégia a longo prazo e também inclui outros a médio e curto prazo que especificam e apontam o caminho para alcançar os grandes desafios. Além disso, não só tornamos públicos os nossos objetivos, como também tornamos público o nosso desempenho na sua consecução, numa clara demonstração de transparência empresarial". Assim, o grau de cumprimento das medidas incluídas no Plano 2023-2025 atingiu os 96%.

 

Novidades

A principal novidade do Plano Estratégico de Sustentabilidade 2024-2026 é a criação de um plano de adaptação climática para aumentar a resiliência do negócio. De acordo com Malaxechevarría, "na Endesa estamos a trabalhar para mitigar as alterações climáticas e também para adaptar as nossas atividades empresariais, a fim de reduzir os riscos e também maximizar as oportunidades. Fazemo-lo incorporando indicadores climáticos como um elemento-chave na análise de novos projetos renováveis, assegurando a resiliência desde a sua conceção.

Para tal, são analisados cenários climáticos para avaliar as alterações previsíveis dos fenómenos físicos a nível europeu, espanhol e local. Quantificam-se os danos potenciais nos ativos e avaliam-se os impactos económicos para definir medidas de adaptação às alterações climáticas que preservem a rentabilidade, promovam modelos de negócio resilientes e aproveitem as potenciais oportunidades.

A aplicação prática deste plano vai influenciar uma série de fatores, como a localização de centrais de produção renovável onde há mais recursos solares ou eólicos, ou a preparação da rede de distribuição para responder a eventos adversos, cada vez mais frequentes e intensos devido às alterações climáticas. E também em questões mais operacionais e quotidianas, como a procura de novos materiais para o vestuário de trabalho das pessoas que trabalham ao sol e com temperaturas cada vez mais elevadas, ou a reformulação dos turnos de trabalho.

Além disso, o Plano consolida o objetivo de não perda de biodiversidade e de não desflorestação líquida incluído no plano anterior, reforçando-o com duas novidades: o compromisso de que 100% dos novos projetos que requerem um estudo de impacto ambiental no período 2024-2026 terão uma avaliação de impacto na biodiversidade e, além disso, o desenvolvimento de uma metodologia comum para a quantificação desses impactos.

O documento incorpora a implementação de um novo plano de ação de 16 pontos sobre direitos humanos, associado à auditoria (due diligence) realizada pela Endesa em 2023, na qual analisou o seu desempenho nesta área. Esta auditoria certificou o cumprimento dos direitos humanos por parte da empresa, mas identificou medidas que foram incluídas no referido plano de ação, que serão implementadas ao longo dos anos do novo Plano de Sustentabilidade. Esta é a terceira auditoria aos direitos humanos da empresa, que é efetuada de três em três anos.

 

Contexto e medidas chave

A luta contra as alterações climáticas continua a ser o principal foco de atenção estratégica devido ao agravamento dos seus efeitos com secas cada vez mais graves, perda de biodiversidade e degradação dos sistemas naturais que podem comprometer 50% do PIB mundial, segundo dados do World Business Council for Sustainable Development.

Por conseguinte, a via de descarbonização é mantida em consonância com o cumprimento do objetivo do Acordo de Paris de 2015 de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 graus acima dos níveis pré-industriais.

Para alcançar estes objetivos a empresa anunciou novembro passado o seu Plano Estratégico com investimentos de 8,9 mil milhões de euros para o período 2024-2026. Deste montante, 90% está alinhado com o ODS 13 sobre a ação climática e 80% com a taxonomia verde da União Europeia.

O plano inclui o abandono total da produção a carvão até 2027 (a última central a carvão da Endesa em Espanha continental, As Pontes, foi encerrada em 2023); 100% de produção e venda de energia renovável até 2040; o abandono total da venda a retalho de gás até essa data; um compromisso com a eletrificação das utilizações de energia dos clientes, bem como a descarbonização total da cadeia de abastecimento. Para esse efeito, será necessária uma produção líquida a partir de fontes renováveis de 14,2 TWh em 2023, para 23,6 TWh em 2026.

 

Natureza

O plano inclui 40 medidas neste domínio, incluindo as já referidas medidas relativas à biodiversidade. Consciente das preocupações sociais sobre a gestão de recursos hídricos cada vez mais escassos, a Endesa compromete-se a conseguir uma redução de 20% na captação de água no processo de produção de eletricidade até 2026, em comparação com 2023. No que respeita à poluição, foram estabelecidas medidas para melhorar a qualidade do ar, reduzindo as emissões poluentes no processo de produção e o consumo de energia nos edifícios da Endesa. O objetivo é insistir no caminho já traçado há anos pela empresa, que lhe permitiu reduzir as suas emissões em 56% no período 2017-2023, uma percentagem que sobe para 80% se o Protocolo de Quioto, em vigor desde 2005, for tomado como referência.

Esta preocupação com a gestão e redução do impacto ambiental reflete-se também nos objetivos de redução de resíduos, com a definição de novos métodos de reutilização, reciclagem e recuperação. Concretamente, o objetivo é recuperar 91% dos resíduos produzidos no caso dos resíduos não perigosos e 67% no caso dos resíduos perigosos.

Além disso, a Endesa tem um sólido historial de políticas no domínio do respeito pelo ambiente natural que lhe permitiram reduzir a sua pegada ambiental, ou seja, todas as suas pegadas, tais como carbono, água, atmosférica, resíduos, etc., em 52% a partir de 2019.

 

Compromisso com as pessoas

A empresa dedica um elevado nível de atenção às pessoas, transferindo o seu compromisso com a sustentabilidade para os seus empregados, a sua cadeia de fornecimento, as comunidades onde opera e os seus clientes. Neste sentido, a diversidade e a formação são elementos-chave. Nas comunidades onde está presente, a empresa pretende atingir a cifra de 310.000 beneficiários anuais em projetos de acesso à energia, desenvolvimento socioeconómico e educação de qualidade. Destaca-se também o crescente envolvimento dos colaboradores da empresa em ações de voluntariado corporativo através das atividades propostas pela Fundação Endesa. A empresa espera contar com 1.500 voluntários por ano entre 2024 e 2026.

Em termos de diversidade e inclusão, a Endesa continua a aumentar progressivamente a presença de mulheres na equipa de trabalho, em cargos de responsabilidade e em cargos de gestão com funções geradoras de receitas, bem como a promover a diversidade de género nos processos de seleção.

Por último, continuam as ações de sensibilização através da recém-criada comunidade LGTBIQ+ da Endesa.

 

Boa governação e direitos humanos

A implementação e a promoção das melhores práticas de boa governação e a garantia do respeito pelos direitos humanos e pelos processos internos são fundamentais para assegurar o desenvolvimento sustentável. Para tal, o plano inclui 8 atividades e objetivos, que vão desde a análise de denúncias através do canal ético até à presença de, pelo menos, 40% de mulheres no conselho de administração, para além do já explicado plano de ação derivado do processo de due diligence em matéria de direitos humanos e que deverá ser integralmente implementado no período 2024-2026.

 

Aceleradores de crescimento

A economia circular, a cibersegurança, a digitalização e o financiamento sustentável são considerados elementos-chave para assegurar o crescimento sustentável da empresa, que estabeleceu objetivos ambiciosos nestes aceleradores.

Assim, estão previstos 800 milhões de euros de investimento em qualidade, resiliência e digitalização em ativos da rede de distribuição, bem como um elevado nível de financiamento ligado a critérios de sustentabilidade para atingir 80% da dívida bruta até ao final do plano.

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