ENERGIAS
Portugal Continental movido a energia renovável durante 26 dias no primeiro trimestre

Portugal Continental movido a energia renovável durante 26 dias no primeiro trimestre

O Boletim Eletricidade Renovável de março 2025, elaborado pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), destaca os números do mês e faz também uma análise ao primeiro trimestre do ano.

 

Na análise mensal, março foi um mês em que a eletricidade gerada a partir de fontes renováveis representou 84,2% da produção total de 4 966 GWh em Portugal Continental. Este valor não era atingido desde maio de 2024 e demonstra o desenvolvimento das tecnologias hídrica e eólica, juntamente com o crescimento contínuo da energia solar.

Portugal registou, no mesmo período de análise, um preço médio horário registado no MIBEL de 85.98 €/MWh. Durante o mês de março, registou-se um preço mínimo horário no MIBEL em Portugal de -4,00€/MWh. Ao longo do mês, as renováveis proporcionaram uma poupança média na casa dos 161 €/MWh e uma poupança acumulada na casa dos 2 308 milhões de euros.

A análise detalhada da APREN mostra ainda que a tecnologia hídrica liderou no mês de março, representando 41% da eletricidade renovável produzida no país, logo seguida pela eólica, com 30,4%. Já a energia solar totalizou 8,1 %, quase o dobro dos 4,7% da Bioenergia.

No total, durante o mês de março, foram registadas 311 horas não consecutivas com produção renovável, valor que, na análise do primeiro trimestre do ano, passa a 641 horas – o equivalente a cerca de 26 dias – em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental.

Ainda na análise ao trimestre, no decorrer do qual as renováveis disseram respeito a 81,8% da produção elétrica, Portugal manteve-se como o terceiro país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade de entre os mercados analisados, ficando apenas atrás da Noruega (97,0%) e da Dinamarca (82,8%).

Entre janeiro e março de 2025, as renováveis evitaram custos significativos com importação de gás natural e eletricidade, bem como emissões de CO₂ e respetivas licenças. Sem as renováveis, o país teria gastado mais 310 milhões de euros em gás natural e 413 milhões em eletricidade importada. Além disso, foram evitadas 2,9 MtCO₂eq de emissões de CO₂, traduzindo-se numa poupança de 181 milhões de euros em licenças de emissão. Dados que reforçam o papel estratégico das energias renováveis na redução da dependência energética e na mitigação do impacto ambiental.

A APREN salienta os resultados positivos da produção de eletricidade renovável em Portugal Continental, que evidenciam o esforço e o compromisso do setor com a transição energética e o seu trabalho na diminuição dos efeitos das alterações climáticas. A transição energética e o cumprimento das metas climáticas dependem de um compromisso sólido na valorização e expansão das energias renováveis em Portugal.

RECOMENDADO PELOS LEITORES

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.