ENERGIAS
Wattway: a primeira estrada solar

Wattway: a primeira estrada solar

2.800 metros quadrados de painéis fotovoltaicos, 280 MWh por ano, e um investimento de 5 milhões de euros—abriu em França a primeira estrada solar do mundo.

Resultado de um trabalho de dois meses, foi já inaugurada em França a primeira estrada solar do mundo, denominada Wattway. Para já com apenas um quilómetro de distância, pouco mais sendo que o trecho de uma via já existente, esta pode vir a ser, no entanto, mais uma solução na captação de energia de fontes renováveis.

Composta por 2.800 m2 de painéis fotovoltaicos e com um custo a rondar os 5 milhões de euros, a Wattway entra agora numa fase de testes, durante um período de dois anos, prevendo-se que possa vir a produzir qualquer coisa como 280 MWh por ano. Ou seja, energia suficiente para abastecer a iluminação pública da cidade de Tourouvre, na região da Normandia, onde vivem cerca de 5 mil habitantes.

O projecto, que teve direito a inauguração pela ministra francesa do Ambiente, Ségolène Royal, foi levado a cabo pela empresa de fabricação de painéis solares SNA, e a Colas, responsável pela sua aplicação num piso por onde passam diariamente mais de 2.000 automóveis.

“Este novo uso da energia solar aproveita grandes extensões da infraestrutura rodoviária já existente para produzir energia, sem que seja necessário ocupar novos espaços“, recordou, em comunicado, a ministra.

Resta saber se o retorno irá de facto compensar o investimento. O conceito em si não é dos mais rentáveis por natureza: a posição horizontal dos painéis não lhes permite a captação da luz solar dos painéis tradicionais, deliberadamente posicionados para o efeito, e o revestimento de resina que lhes confere a resistência necessária ao tráfego torna-os bastante mais dispendiosos. A localização também não é a melhor. Caen, a capital da região, recebe uma média de 1681 horas de sol por ano, com apenas 44 dias de luz solar forte. Marselha, por exemplo, recebe 2858 horas, com 170 dias de luz forte.

A Colas prevê que o custo de produção dos painéis desça à medida que o seu uso se torne mais comum, e tem já cerca de 100 projetos semelhantes em desenvolvimento em todo o mundo.

Texto parcialmente editado com base no site Observador

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