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Apenas um em quatro projetos IoT é bem sucedido

Apenas um em quatro projetos IoT é bem sucedido

Foi esta a conclusão de um estudo da Cisco, com base em entrevistas as 1.845 profissionais de IT e Diretores Executivos de diversos fatores. As armadilhas são muitas, mas todos os casos de sucesso têm um elemento em comum: experiência, seja própria ou alheia.

De acordo com previsões da IDC, a base instalada de dispositivos da Internet of Things a nível mundial terá um crescimento dos 14.900 milhões contabilizados no final de 2016 para mais de 82.000 milhões em 2025.

Apesar deste crescimento exponencial, 60% das iniciativas da IoT param na fase de aprovação do conceito (PoC, Proof of Concept) e apenas 26% das empresas são consideradas um completo sucesso, enquanto um terço de todos os projetos concluídos não se classificam como bem sucedidos.

 Esta é a principal conclusão do novo estudo realizado pela Cisco, no qual foram entrevistados 1.845 profissionais de IT e Diretores Executivos dos Estados Unidos, Reino Unido e Índia de diversos setores. Todos os entrevistados trabalham para organizações que estão a implementar e/ou já concluíram iniciativas de IoT, tendo também todos eles participado na estratégia ou direção de pelo menos uma dessas iniciativas de IoT.

A importância do “fator humano”

Fatores humanos como a cultura, organização e a liderança são fundamentais. Na verdade, três dos quatro fatores-chave para o sucesso dos projetos da Internet das Coisas estão relacionados com pessoas e o respetivo trabalho:

  • Colaboração entre o Departamento de TI e linhas de negócio é um fator de sucesso, referido por 54% dos inquiridos.
  • A cultura tecnológica, chefes de equipa promovidos para o Conselho de Direção, é considerado um fator chave para 49%.
  • Experiência na Internet das Coisas, tanto internamente como através de acordos externos, fator selecionado em 48%.

Superar obstáculos confiando em especialistas

60% dos entrevistados acreditam que, embora as iniciativas da IoT parecessem simples no papel, tornaram-se complicadas mais tarde. As principais barreiras citadas durante todas as fases do projeto são: tempo para concluir; limitação de experiência interna: qualidade dos dados; integração da equipa; superar o que estava planeado inicialmente.

O estudo indica que as organizações com maior sucesso das iniciativas IoT foram apoiados por ecossistemas de parceiros em cada fase do projeto, observando desde o planeamento estratégico até relatórios e resultados após a entrada em produção.

“Todos os dias adicionamos objetos à Internet que nunca pensámos que poderiam ser conectados,” afirma Inbar Lasser-Raab, Vice Presidente de Marketing de Soluções para Empresas da Cisco. “Visto que nenhuma empresa pode cobrir todas as áreas, a maior oportunidade para o sucesso é a parceria com outros fornecedores para criar soluções que não só são conectadas, mas também que partilham dados capazes de se tornarem valor para organizações de qualquer setor.”      

 73% dos inquiridos estão a utilizar dados dos projectos IoTs já concluídos para otimizar o negócio. Os três principais benefícios referidos são: aumento da satisfação do cliente (70%), melhorias operacionais (67%) e maior qualidade dos produtos ou serviços (66%). Além disso, o aumento da rentabilidade é o principal benefício não esperado (39%).

 64% dos inquiridos afirmam ter aprendido com iniciativas de IoT estancadas ou falidas tem ajudado a acelarar o investimento da sua organização.

Apesar dos desafios, muitos dos entrevistados estão otimistas sobre o futuro da IoT, uma tendência que ainda está no inicio da evolução. Assim, 61% acreditam que estamos apenas no começo do que a IoT pode fazer pelo seu negócio.

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