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Philips apresenta planos para separação do setor de iluminação

Philips apresenta planos para separação do setor de iluminação

A multinacional holandesa Royal Philips publicou recentemente uma circular para acionistas que recomenda e explica com maior pormenor a proposta de separação do seu negócio de iluminação através de uma oferta pública inicial (IPO) no valor de vários milhares de milhões de dólares que deverá acontecer em 2016

Este anúncio surge depois de a companhia ter revelado em setembro passado a sua intenção de se cindir em duas, criando uma spin-off com base no seu setor de iluminação. Tal separação visa em grande parte ajudar a Philips a estreitar a sua atenção em áreas consideradas estratégicas, entre as quais as tecnologias de saúde, sobretudo após alguns alertas relativos aos lucros da empresa e das críticas de que a pesada estrutura desta está a contribuir para a sua queda de desempenho.

A Philips – que correntemente fabrica uma grande variedade de produtos, de máquinas de café até scanners de hospitais – explica que o seu negócio de iluminação com um valor calculado em 6,87 mil milhões de euros em 2014 vai ser transferido para uma holding independente com o intuito de o preparar para a sua cotação em bolsa: o referido plano é análogo ao conduzido pela gigante alemã Siemens relativamente à sua subsidiária Osram Licht AG (também na área da iluminação).

A circular da Philips aos acionistas refere que a dita separação poderá ter lugar durante os primeiros seis meses de 2016, arrancando com a venda de uma participação minoritária.
Pater Olofsen, analista da Kepler Chevreux, refere que tal processo deverá ser mais demorado que previsto tendo em conta a complexidade envolvida: “em muitos países, as atividades das áreas da saúde e da iluminação funcionam como uma única entidade legal há mais de cem anos”.

O presidente executivo da Philips, Frans Van Houten, foi em 2009 contratado pelo banco holandês ING Groep para conduzir a divisão dos negócios de banca e de seguros deste – aquela que foi uma das maiores restruturações corporativas da história do país.

De acordo com a Philips a planeada divisão vai permitir tanto à companhia de origem como à nova empresa – a Lighting Solutions – concentrarem-se nos seus respetivos core businesses. A parte de iluminação contribuiu com quase 30% das receitas de 21,39 mil milhões de euros da multinacional em 2014. Os ganhos da operação de spin-off vão ser investidos nas operações de equipamentos de saúde. A separação não incluirá contudo as operações de luzes para automóveis e de componentes LED, que serão vendidos separadamente: a Philips conta ter um negócio firmado para aquelas até meados de 2015.

Os acionistas deverão votar a separação proposta numa assembleia geral que terá lugar no próximo dia 7 de maio.

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