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Tendências tecnológicas para os próximos três anos

Tendências tecnológicas para os próximos três anos

A par das soluções para a resposta ao contexto de pandemia, a Accenture apresenta, no seu 21º relatório anual, as tendências tecnológicas que vão moldar as empresas e setores nos próximos três anos e ressalva que o futuro será definido pelos líderes que integrarem a tecnologia no centro das suas estratégias de negócios de modo a dominar a mudança

De acordo com o estudo Accenture Technology Vision 2021, a tecnologia foi um elemento crucial durante a pandemia global, possibilitando a criação de novas formas de trabalhar e fazer negócios, novas interações e experiências com stakeholders e a melhoria da saúde e da segurança. A par das soluções para a resposta ao contexto de pandemia, a Accenture apresenta, no seu 21º relatório anual, as tendências tecnológicas que vão moldar as empresas e setores nos próximos três anos e ressalva que o futuro será definido pelos líderes que integrarem a tecnologia no centro das suas estratégias de negócios de modo a dominar a mudança.

O relatório 'Leaders Wanted: Masters of Change at a Moment of Truth', descreve o modo como as organizações líderes estão a acelerar o que se esperava ser uma década de transformação tecnológica, convertendo-a num período de apenas um ou dois anos. A Accenture afirma que os executivos globais estão a conseguir aumentar a sua receita cinco vezes mais rápido, em comparação com o período de 2015 a 2018, ao estarem apoiados por uma forte estratégia digital que permite uma maior agilidade e inovação. O estudo demonstra uma onda crescente de empresas a correr contra o tempo para se reinventarem e reforça as mais valias das inovações tecnológicas neste novo contexto, nomeadamente, na criação de novas capacidades e soluções para as organizações.

Rui Barros, Managing Director, responsável pela área de Tecnologia, da Accenture Portugal, afirma que “a pandemia global obrigou muitas organizações a avançar e a usar a tecnologia para manter os seus negócios e comunidades a funcionar num ritmo que possivelmente teríamos considerado impossível no passado”. Para o Managing Director, responsável pela área de Tecnologia da Accenture, estas empresas contrastam com outras que, sem a base digital necessária, enfrentaram uma dura realidade. Rui Barros considera que “agora temos uma oportunidade única de abraçar o poder da mudança tecnológica exponencial, imaginar e reconstruir completamente o futuro dos negócios e da experiência humana”.

Para esta nova edição do Technology Vision, a Accenture entrevistou mais de 6.200 executivos líderes de negócio e da área de tecnologia, dos quais 92% assumiram que a sua organização está a inovar com um sentido de urgência. Além disso, 91% dos executivos concordam que, para conquistar o novo mercado, as organizações terão de se preparar e de se posicionar para liderar o futuro.

Moldar ‘o novo normal’ exigirá que as empresas se tornem ‘Masters of Change’  tendo em consideração três imperativos essenciais. Em primeiro lugar, a gestão requer uma aliança com a tecnologia. A recente e rápida aceleração digital colocou a tecnologia como a pedra basilar para os líderes globais. Os líderes de amanhã serão aqueles que se mostrem capazes de colocar a tecnologia no centro da sua estratégia de negócio. Em segundo lugar,os líderes não esperam pelo "novo normal", eles próprios são responsáveis pela sua criação. As grandes mudanças hoje exigem uma liderança mais ousada com a prioridade centrada na tecnologia. Não se trata apenas de ajustar o negócio, é preciso reverter os protocolos e criar uma nova visão para o futuro. Por último, neste futuro, as empresas estão preparadas para um impacto significativo no mundo - e o sucesso financeiro será apenas uma das métricas essenciais para a liderança. Trata-se de um momento único para reconstruir um mundo melhor do que era antes da pandemia, expandindo a nossa definição de valor para incluir o quão bem as pessoas prosperam, o impacto deixado no meio ambiente, a crescente inclusão e muito mais.

O relatório Technology Vision 2021 identifica cinco tendências principais que as empresas devem seguir e integrar nos próximos três anos, de modo a acelerar e dominar a mudança em todas as vertentes dos seus negócios:

Stronger Grounds. Arquitetar um futuro melhor – As estratégias de negócio e de tecnologia estão cada vez mais inseparáveis - até mesmo indistinguíveis. Em resposta à pandemia de COVID-19, as empresas têm exercido rápidas transformações digitais nas suas operações. Estas mudanças, além de um influxo repentino de novas tecnologias, levaram a uma nova era de negócios - onde a arquitetura de operações é mais importante do que nunca e a competição no setor é uma batalha entre tecnologias. 89% dos executivos acreditam que a capacidade da sua organização de gerar valor de negócios será cada vez mais baseada nas oportunidades criadas pelo seu investimento em tecnologia.
Mirrored World. O poder de digital twins inteligentes - Os digital twins, representações ou simulações de entidades ou sistemas do mundo real, estão a crescer em muitos setores, impulsionando o nascimento do mundo replicado. Os gestores estão a criar digital twins inteligentes das suas organizações para gerar modelos vivos e completos de fábricas, cadeias de abastecimento, ciclos de vida de produtos e muito mais. Quando construídos sob dados abrangentes e confiáveis, os digital twins e os ambientes replicados ajudarão as empresas de diversas formas. Serão capazes de: otimizar operações; detetar e prever anomalias; evitar tempo de inatividade não planeado; gerar maior autonomia; e ajustar projetos e estratégias com base em dados recolhidos ou em novos testes executados. 65% dos executivos integrados neste estudo ​​esperam que o investimento da sua organização em digital twins inteligentes aumente nos próximos três anos. 


I, Technologist. A democratização da tecnologia

Processamento de linguagem natural, plataformas de baixo código e automação de processos robóticos, entre outras soluções, estão a democratizar a tecnologia ao colocar recursos poderosos nas mãos de várias pessoas em toda a empresa. Estes recursos tecnológicos são geridos por pessoas sem competências especializadas. A tecnologia democratizada permite que as pessoas otimizem o seu trabalho ou resolvam problemas por sua conta. As demais estruturas da tecnologia da informação ficam livres para dedicarem esforços em projetos de maior dimensão, deixando a resolução dos problemas do dia-a-dia para as equipas mais operacionais. Esta é a oportunidade de todas as empresas tornarem os seus profissionais uma parte essencial dos seus esforços na transformação digital. Mas, para fazer isso com sucesso, os líderes terão que promover a inovação em todas as áreas de negócio. 88% dos executivos acreditam que a democratização da tecnologia está a tornar-se num fator crítico para a sua capacidade de impulsionar a inovação em toda a organização.


Anywhere, Everywhere. Traga o seu próprio ambiente

Depois da pandemia, ninguém vai voltar a trabalhar como antes. As empresas e os colaboradores estão em movimento para um novo futuro, onde o trabalho pode ser feito a partir de qualquer lugar. Quando as pessoas têm a possibilidade de “trazer o seu próprio ambiente”, têm a liberdade de trabalhar em qualquer lugar, seja em casa, no escritório, no aeroporto, nos escritórios de parceiros ou em qualquer outro lugar. Nesse modelo, os líderes podem repensar o propósito de trabalhar em qualquer local e aproveitar a oportunidade para redefinir os seus negócios neste novo mundo. Daqui a três anos, as organizações que terão maior sucesso, são as que  aproveitaram a oportunidade para repensar o modelo de trabalho para o mundo em constante evolução. 81% dos executivos concordam que as organizações líderes no seu setor vão começar a mudar o foco das empresas de “traga o seu dispositivo” para “traga o seu próprio ambiente”.


From Me to We. O caminho para um sistema partilhado

A procura repentina pelo rastreamento de contatos, pagamentos sem contato e novas maneiras de construir confiança, revelou o que ainda precisava de ser feito nos ecossistemas de negócios. Os sistemas partilhados compartem dados entre indivíduos e organizações, impulsionando a eficiência e a criação de novos modelos de negócio e de receita. Eles incluem blockchain, distributed ledger, bases de dados distribuídas, tokenização e uma variedade de outras tecnologias e recursos. Mesmo enquanto as empresas implementavam reduções drásticas e se debatiam para manter as operações no auge da pandemia, as organizações em todos os setores ampliaram o investimento em sistemas partilhados. Em muitas áreas, os sistemas partilhados mudaram rapidamente e tornaram-se referências em soluções necessárias e urgentes. 90% dos executivos ​​afirmam que estes sistemas permitirão que os seus ecossistemas criem uma base mais resiliente e adaptável com novo valor para os parceiros da sua organização.

É cada vez mais importante priorizar a inovação tecnológica em resposta a um mundo em rápida mudança. Basta olhar para o setor da restauração. 60% dos restaurantes marcados como "fechados temporariamente" no mês de julho no Yelp encerraram definitivamente em setembro. No meio deste caos, a Starbucks surgiu como uma das empresas líder ao usar a tecnologia para aumentar os seus canais de retalho e o número de clientes. Em agosto, três milhões de novos utilizadores baixaram a App, e os pedidos por telemóvel e através de drive-thru representaram, juntos, 90% das vendas. Com o aumento da procura, a Starbucks implementou um sistema integrado de gestão para combinar pedidos provindos da Uber Eats e de clientes drive-thru num único fluxo de trabalho. A Starbucks também lançou uma nova máquina de café expresso com sensores para rastrear quanto café estava a ser servido e para prever a manutenção necessária. Este é um exemplo de como a tecnologia pode ser um capacitador central da resposta ágil, resiliente e bem-sucedida de uma empresa às mudanças.

A Accenture tem vindo a desenvolver o relatório Technology Vision há mais de 20 anos para identificar as tendências de tecnologia emergentes com maior potencial para impactar os negócios e setores da indústria. 

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