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Delta: Amazon Echo poderá impulsionar a adoção de controlos inteligentes

Delta: Amazon Echo poderá impulsionar a adoção de controlos inteligentes

Segundo um estudo da Delta sobre o uso controlos de climatização na Europa, a conveniência e acessibilidade do uso de Smart Speakers como interface estão já a tomar parte na adoção e utilização de controlos inteligentes, podendo vir a contribuir significativamente não só para a sustentabilidade energética dos utilizadores mas também a própria estabilidade da rede.

A utilidade do smart speaker Amazon Echo pode ir além da gestão listas de reprodução de música e online shopping—eventualmente, poderá também ajudar a aumentar o consumo de energia renovável em toda a Europa.

A disponibilidade do dispositivo de entretenimento doméstico ativado por voz no Reino Unido “está verdadeiramente a acelerar as vendas de outros produtos, como lâmpadas inteligentes [e] smart plugs conetados”, relata Arthur Jouannic, analista sênior da Delta Energy & Environment com sede em Edimburgo ( Delta-ee).

Até agora, controlos elétricos inteligentes não tiveram muito sucesso no setor doméstico porque as pessoas esquecem-se deles ou simplesmente não têm paciência para os usar. Conetá-los a um dispositivo ativado por voz, como o Echo, torna o uso de controlos mais conveniente. Isto, por sua vez, aumenta a flexibilidade do uso de energia no lar. O que, com tempo, poderia ajudar as famílias a consumir uma maior proporção de energia renovável, ao configurarem aparelhos para se ligarem quando a demanda de eletricidade é baixa e a oferta é alta, segundo Jouannic.

A ligação entre o Echo e adoção do controlos inteligentes emergiu num inquérito anual da Delta-ee sobre controlos de aquecimento em toda a Europa.

O estudo, atualmente no seu quarto ano, determinou que apenas três mercados—Alemanha, Holanda e Reino Unido—representam mais de 80% de todos os cerca de 3 milhões de lares que instalaram controlos inteligentes até agora na Europa.

Estes são mercados mercados nos quais as companhias elétricas e fabricantes estão a incentivar ativamente a adoção de controlos inteligentes, disse Jouannic. "Para fazer arrancar este mercado, é preciso players comprometidos, com muitos clientes, que subsidiem o custo dos dispositivos.”

Cada um destes três principais mercados dispõem de tais players. Na Alemanha, empresas como a Deutsche Telekom e a RWE, através da subsidiária Innogy, estão a impulsionar os produtos. Na Holanda, o apoio estava a ser fornecido pela companhia elétrica Eneco e a pela Bosch. Finalmente, no Reino Unido, a British Gas estava a liderar o esforço para introduzir controlos inteligentes em domicílios residenciais.

Acredita-se que as ações destas empresas são em grande parte responsáveis pelo crescimento ano-a-ano de 20—30% no mercado europeu de controlos inteligente.

Companhias elétricas europeias estão a oferecer controlos inteligentes para potenciar fidelidade, fornecer serviços adicionais e, finalmente, compensar a perda de receitas através de preços competitivos e rotatividade de clientes. Do ponto de vista do cliente, a motivação para adotar controlos inteligentes é tradicionalmente a economia de energia e redução das contas. E enquanto isto se mantém, segundo Jouannic, cada vez mais utilizadores estão a implementar controlos inteligentes no lar por simples questões de conforto. Por exemplo, querem a garantia de ter a casa perfeitamente climatizada ao regressar do trabalho.

"É mais uma questão de conveniência e conforto. Mas, para o mercado de massa, a economia de energia manter-se-á um dos critérios principais."

Ver estes dispositivos instalados na maior parte de 200 milhões de lares na Europa ainda vai levar tempo, e requere melhorias na usabilidade, uma vez que que os utilizadores preferem interagir com controlos inteligentes através de uma aplicação, em vez de terem de os operar diretamente.

É aqui que o Echo entra em jogo. Atualmente disponível apenas na Alemanha e no Reino Unido, o dispositivo parece já estar a tomar parte em facilitar o uso de controlos inteligentes, de acordo com Jouannic.

Se o Echo se tornar uma interface para controlos inteligentes de climatização, poderia ser mais fácil para os europeus a gerir o seu consumo de energia de forma mais flexível. E isto pode, eventualmente, contribuir para um maior equilíbrio e flexibilidade da rede, permitindo o aproveitamento de excedentes na produção de energia renovável e reduzindo o recurso a combustíveis fósseis.

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