Gestão de Serviços e a IoT

Qual o significado da IoT para os serviços de gestão de edifícios? Naturalmente, o objetivo é a criação de edifícios mais eficientes e confortáveis, facilitando ao mesmo tempo a gestão dos mesmos. A Internet das Coisas significa uma rede de sistemas e aparelhos em edifícios, tais como:

• Iluminação;
• Aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC);
• Segurança e controlo de acesso;
• Controlo de aparelhos – válvulas, atuadores, sensores e contadores de energia

Estes sistemas e aparelhos podem ser ajustados rapidamente em rede, de forma a responder às condições externas variáveis e assim optimizar o máximo conforto e produtividade. Além disso, os sistemas conectados fornecem a informação que possibilita a gestão preventiva e preditiva, que pode ser agendada de forma a provocar a mínima disrupção.

É importante ter em conta o significado da IoT: tudo está interligado. Podemos então afirmar que existe potencial para a gestão remota de um edifício de formas que não eram possíveis anteriormente.

Atualmente, é possível considerar colocar um quarto, uma divisão ou um edifício em modo de poupança de energia. No passado, tal seria realizado através de uma base fragmentada, exigindo muita intervenção manual para alterar pontos pré-definidos. Através da conectividade, é possível fazê-lo através de controlo remoto. Também é possível fazer o oposto, retirando uma instalação do modo consumo reduzido, por exemplo durante o período de não ocupação para o modo ocupado quando necessário. Desta forma, podemos poupar tanta energia quanto possível, ao mesmo tempo que promovemos o conforto e produtividade das pessoas.

De realçar, a Internet of Things oferece a capacidade de coordenar a resposta em diferentes áreas. Por exemplo ao deslocar uma empresa de localização antiga para uma nova, a nova pode ser “transportada” online. Uma vez realizada a mudança, a antiga localização é encerrada de forma sincronizada. Minimiza novamente o uso de energia enquanto possibilita a produtividade das pessoas.

A ideia de coordenação pode ser ampliada à resposta da procura de preços, que envolve a interação de um Sistema de Gestão de Edifícios (BMS) com um serviço exterior. A visibilidade permitida pela conectividade torna possível aproveitar as oportunidades de preço da energia, o que pode reduzir a despesa com a mesma. Por exemplo, os custos podem aumentar em determinadas horas do dia ou devido a condições especiais, tais como quando a necessidade de utilização do ar condicionado é mais elevada. Reduzir a procura nestas alturas poupa dinheiro.

Com a IoT, os serviços de gestão de edifícios terão de ser dinâmicos. As abordagens mais antiquadas não irão funcionar devido à rigidez de tais métodos.

Conforme observado no white paper da autoria da Navigant Research “Integração de dados para Edifícios Inteligentes”, o custo dos sensores e computação está a diminuir à medida que os desafios na área do software aumentam. Outro impacto nos serviços de gestão é a importância crescente do software.

Finalmente, outro efeito observado no relatório é a vitalidade crescente dos serviços de gestão. Parte da razão para que tal aconteça é o incremento da exigência de eficiência energética por parte dos regulamentos governamentais. Os EUA, por exemplo, estão a tentar uma redução de quase 30 porcento nas emissões de gases com efeito de estufa dentro de 10 anos. Para alcançar esse objetivo os edifícios terão de obter uma performance muito superior em termos de gestão energética. Uma amostra do que poderá ser o futuro é o facto de algumas jurisdições exigirem certificação de conformidade do código de energia para obter certificados de ocupação de novos edifícios. De acordo com a Navigant Research, as empresas irão consequentemente recorrer a sistemas de gestão de edifícios mais sofisticadas e otimizadas, de modo a satisfazer estes requisitos.

A gestão desses serviços irá ajudar a produzir poupanças de energias significativas. Também irão possibilitar o melhor funcionamento dos edifícios. Tudo isto resulta num bom conjunto de benefícios de IoT.