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Tecnologia SGEE: Um Polo digital no centro de tudo

Opinião

Tecnologia SGEE: Um Polo digital no centro de tudo

O principal alicerce – e maior desafio – de um verdadeiro Smart Building é a integração de todos os sistemas: a criação de um Polo digital onde os dados sejam reunidos, analisados, e aplicados para a optimização operacional do edifício.

Edifícios mais inteligentes, que integram sistemas tecnológicos avançados, economizam mais energia e reduzem os custos aos seus proprietários e operadores, para além de tornarem os utilizadores mais felizes e produtivos. Tudo isto é realizado através de um BEMS (Building Energy Management System) – um sistema de gestão técnica centralizada e de energia do edifício – que automatiza a climatização e iluminação.

O relatório do quadro de classificação da Navigant Research SGEE (Sistemas de Gestão de Energia de Edifícios) define estes sistemas como “uma solução baseada em IT que estende as suas capacidades em sensores, controlo e hardware de automação”.

Existe claramente a necessidade de um Pólo digital num edifício inteligente e eficiente. O Pólo é onde os dados recolhidos pelos sensores e atuadores se reúnem. Permite analisar estas informações e, finalmente, permite que a gestão dos sistemas atinja uma meta. A minha experiência diz-me que o desempenho operacional pode ser melhorado ao mesmo tempo que a eficiência energética é melhorada até 40%.

Quais são os desafios em fazer-se algo assim e ao que deve, por conseguinte, parecer uma solução de Pólo digital? Um desafio é que os edifícios, ao contrário da tecnologia, estão em uso há décadas. A Agência Internacional de Energia reporta que muitos edifícios têm uma vida útil de um século ou mais. Também constata que metade dos edifícios de hoje em dia ainda serão utilizados em 2050. Portanto, qualquer Pólo tecnológico deve ser capaz de trabalhar com sistemas de edifícios com décadas de idade. E deverão também ser à prova de futuro, para que o Pólo possa ser utilizado durante muitos anos.

Por falar em futuro, a IoT irá chegar a 20.8 mil milhões de dispositivos até 2020, segundo a Gartner. As empresas irão gastar mais neste aspeto do que os consumidores. Para o Pólo digital de um edifício, isso significa que deve ser um potenciador da IoT. Tal pode ser feito ao implementar uma base completa de IP, pois a comunicação baseada em IP será universalmente possível com praticamente todos os dispositivos.

Para além disso, uma função robusta de IP ajuda um Pólo a atender a outra necessidade: protocolos abertos e serviços web. Os primeiros, por exemplo, facilitam a recolha de dados a partir de qualquer sensor padrão de ocupação e utilizam essa informação para gerir de forma inteligente um sistema de AVAC baseado em protocolo aberto e sistemas de iluminação. Quanto aos serviços web, possibilitam o acesso a sistemas e informação a partir de qualquer lugar e a qualquer momento. Possuir esta função cria diferentes possibilidades, como interfaces para inquilinos ou operadores que podem ser acedidos de forma segura através de um dispositivo móvel.

Obter dados é apenas parte da necessidade que um Pólo deve satisfazer. Analytics de edifícios robustos também devem fazer parte da mistura. Ao analisar dados, os operadores e proprietários de edifícios podem fazer a manutenção preventiva e preditiva, sendo um dos resultados a menor quantidade de tempo de inatividade não programado.

Existe um conjunto final de requisitos de Pólo digital. Devem, naturalmente, permitir o pressuposto da operação. Essa tem sido a maneira tradicional de fazer a gestão do sistema energético do edifício. No entanto, o Pólo deve também permitir fazer o mesmo através da cloud. Se não precisar de fazer isso agora, existe uma probabilidade de vir a precisar ou querer fazê-lo no futuro.

Para obter um exemplo desse Pólo digital, consulte o EcoStruxure for Buildings da Schneider destinado a edifícios grandes e críticos, bem como o EcoStruxure Building Expert para edifícios pequenos e médios. Ambos são de fácil instalação e configuração, ao mesmo tempo que cumprem as especificações acima descritas.

Fernando Ferreira
Ecobuildings Manager da Schneider Electric

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