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Telemonitorização 5G chega a mais de 500 idosos

Telemonitorização 5G chega a mais de 500 idosos

O Projeto S@úde+Perto visa a telemonitorização de 500 doentes crónicos idosos da região centro do País, através de dispositivos de telessaúde que usam a rede 5G da NOS

O Projeto S@úde+Perto visa a telemonitorização de 500 doentes crónicos idosos da região centro, através de dispositivos de telessaúde que usam a rede 5G da NOS. Este projeto – promovido pela Fundação de Nossa Senhora da Guia – Hospital de Avelar em parceria com a NOS e a Hope Care – acompanha remota e permanentemente os sinais dos utentes, de forma a prever situações de agravamento agudo de doença, permitindo agir de forma imediata e reduzindo episódios de urgências e internamentos hospitalares.

No âmbito desta iniciativa, foram distribuídos aos idosos, aos seus cuidadores, ou a equipas das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) kits da Hope Care de medição de vários sinais biomédicos, como oxigénio, glicose do sangue, peso, temperatura ou tensão, ligados a uma plataforma que os recolhe e processa para análise. Qualquer dos valores que fuja a um intervalo, previamente definido como normal, emite um alerta monitorizado por um profissional de saúde. Este profissional avalia a situação do doente através de uma chamada ou videoconsulta, reencaminhando-o para o Hospital de Avelar ou propondo outro modo de atuação. Graças ao 5G da NOS, a conectividade e rapidez são garantidas em todo o processo, bem como a qualidade das teleconsultas, em tempo real.

O projeto – apoiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, através das Parcerias para o Impacto do Portugal Inovação Social – tem benefícios efetivos para os doentes ao evitar que tenham de recorrer a consultas de urgência ou internamentos no hospital de referência, neste caso o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), obrigando a deslocações incómodas, demoradas e que acarretam riscos de saúde por possíveis contaminações em contexto hospitalar. Por outro lado, os médicos que acompanham estes doentes passam a dispor de mais informação, melhorando eventuais diagnósticos e avaliações de terapias. Este sistema tem, ainda, vantagens para o Serviço Nacional de Saúde, pela redução dos custos financeiros relacionados com o transporte de doentes, internamentos e consultas desnecessárias, melhorando a qualidade de vida dos doentes.

Manuel Ramalho Eanes, Administrador da NOS, sublinha: "A saúde é uma das áreas estruturantes da sociedade que mais pode beneficiar com a introdução do 5G, enquanto impulsionador da inovação nos tratamentos e na aproximação e humanização dos cuidados de saúde. Através de projetos como este, de telemedicina, contribuímos para uma abordagem de prevenção e de tratamento das pessoas de uma forma contínua e não episódica, contribuindo para mais e melhores cuidados de saúde, melhor informação e mais eficiência. Por outro lado, numa altura em que, cada vez mais, nos deparamos com desafios associados ao envelhecimento da população, o 5G pode ajudar a alavancar soluções que permitam às pessoas viver com melhor qualidade durante mais tempo".

Luís Fareleiro da Fundação Nossa Senhora da Guia – Hospital de Avelar, comenta: “Entendemos a tecnologia como catalisador da mudança nos cuidados de saúde. A monitorização à distância dos pacientes crónicos através de dispositivos eletrónicos permite um melhor acompanhamento do doente e libertar os profissionais de saúde para seguir mais doentes de forma mais efetiva, reduzindo as idas às urgências e os internamentos hospitalares. Importa salientar o envolvimento do CHUC e do Agrupamento de Centro de Saúde do Pinhal Interior Norte (ACeSPIN), que desde a primeira hora demonstraram interesse e disponibilidade na participação ativa neste Projeto. Finalmente, a visão de rede e escala do Projeto fica demonstrada pelo envolvimento dos seis Municípios da região de intervenção do Projeto S@úde+Perto, que participam como Investidores Sociais e têm sido determinantes na viabilização do modelo de financiamento deste Projeto Demonstrador”.

Para José Paulo Carvalho, fundador da Hope Care, “a Saúde Digital é um veículo para permitir aos cidadãos terem um meio de acesso mais facilitado aos cuidados de saúde. A telemonitorização permite criar uma nova consciência de auto-cuidado, onde cada um gere e monitoriza o seu estado de saúde e partilha com os seus cuidadores. A partilha online desta informação cria uma nova forma de prevenção participativa, onde o cidadão se compromete com a gestão da sua saúde e os seus cuidadores podem acompanhar a evolução da saúde remotamente. É uma nova abordagem preventiva, participativa, colaborativa, onde cada um tem um papel fundamental no cuidado. O sistema de saúde passa de “Patient Centric”, onde o cidadão está no centro das atenções sem poder agir, para “Patient Partnership”, onde o cidadão participa com a cedência dos seus dados em tempo real, compreende a sua situação com o feedback das soluções digitais e participa na decisão sobre o seu estado de saúde com os cuidadores e em casa. Esta mudança de conceito permite criar o Hospital em Casa, acessível, participativo e responsável. Isto é o que se pretende criar com o S@úde+Perto”.

Esta iniciativa teve início em junho de 2022, prevendo-se um período inicial de avaliação de 15 meses. Acompanha idosos com patologias crónicas, como insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, diabetes, hipertensão, ou doentes multicrónicos, residentes em concelhos mais rurais e de baixa densidade populacional cujo índice de envelhecimento se encontra muito acima do índice de envelhecimento nacional: Ansião, Alvaiázere, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande e Penela. Estes doentes têm vindo a ser seguidos no CHUC ou no ACeSPIN.

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