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Parceria Bosch e UMinho para a mobilidade do futuro e digitalização da indústria

Parceria Bosch e UMinho para a mobilidade do futuro e digitalização da indústria

A Bosch e a Universidade do Minho apresentaram os resultados da maior parceria de inovação no país nos domínios da mobilidade do futuro e transformação digital da indústria, da qual resultaram desta parceria o registo de mais de 70 patentes, e foram investidos um total mais de 165 milhões de euros

A Bosch e a Universidade do Minho (UMinho) apresentaram em Braga, esta terça-feira, dia 9 de novembro, os resultados da maior parceria de inovação no país nos domínios da mobilidade do futuro e transformação digital da indústria. Desde o seu início em 2013, resultaram desta parceria o registo de mais de 70 patentes, no qual foram investidos um total mais de 165 milhões de euros. 

A parceria inovadora entre indústria e academia conta com o apoio financeiro do Governo Português e tem contribuído para a criação de conhecimento tecnológico crítico e o aumento da competitividade de Portugal no mercado mundial. “Os resultados que hoje aqui apresentamos reforçam o valor estratégico que esta parceria teve, tem e queremos que continue a ter no futuro, não apenas ao nível da inovação, mas também da criação de emprego científico e qualificado.

Desta parceria e das sinergias criadas entre a Bosch e a Universidade do Minho resultam soluções tecnológicas inovadoras que estão a redefinir a mobilidade e os veículos do futuro”, afirma Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal e administrador técnico da Bosch em Braga. 

No evento “Next – Driving Tomorrow”, realizado no Altice Forum Braga, que contou com a presença do Primeiro Ministro, António Costa, do Ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, do Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, do Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, do Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e outras entidades, os investigadores da UMinho e os engenheiros da Bosch envolvidos nas diferentes linhas de investigação, apresentaram as principais tecnologias desenvolvidas a partir de Braga que vão marcar o futuro da mobilidade autónoma e conectada.

O Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, refere que “estes resultados vêm demonstrar a justeza da visão de todos aqueles que, no Governo de Portugal, na Bosch e na Universidade do Minho, apostaram nesta parceria, proporcionando os meios necessários ao seu desenvolvimento, e também a qualidade das pessoas e das estruturas que lhe vêm dando corpo, em múltiplos projetos e iniciativas”.

O responsável pela instituição de ensino sublinha que os mesmos “mostram que a colaboração entre a Universidade e a Indústria tem todas as condições para ser, também em Portugal, um fator decisivo de modernidade e de progresso”.

Ao longo destes anos, as equipas da Bosch e da UMinho têm estado focadas no desenvolvimento de tecnologia essenciais para que o veículo seja capaz de detetar o ambiente circundante e tomar decisões com base em inteligência artificial e sensores. O trabalho de mais de 750 profissionais altamente qualificados da Bosch e da UMinho resultou no desenvolvimento de soluções que dão resposta às capacidades exigidas para o futuro da mobilidade: sensores LiDAR e de condição de piso para a capacidade de perceção a 360º; sensor Automotive Precise Positioning para a capacidade de localização; sensores para a monitorização de condutor e passageiros no interior do veículo autónomo; sistemas de comunicações entre veículos e infraestruturas, entre outros. 

A parceria de inovação entre a Bosch e a Universidade do Minho tem-se revelado desde início uma mais valia tanto para o desenvolvimento da indústria como da academia, afirmando-se como um exemplo de colaboração entre a universidade e a empresa em Portugal.  “Os resultados alcançados com as tecnologias desenvolvidas, o número de patentes registadas e a qualidade dos artigos científicos publicados consolidam a Bosch como estando na vanguarda da mobilidade do futuro e da transformação digital em Braga, e reforçam Portugal como um país de referência na inovação e no desenvolvimento da indústria automóvel. Para alcançarmos o que hoje apresentámos aqui, a parceria com a Universidade do Minho foi um fator determinante”, afirma Carlos Ribas.

 

Easy Ride: a comunicação entre veículos, pessoas e infraestruturas

O Programa Easy Ride contemplou o desenvolvimento de sensores inteligentes críticos como resposta às capacidades exigidas ao automóvel para a sua comunicação com outros veículos, pessoas e infraestruturas. No âmbito deste projeto resultaram várias tecnologias, das quais podemos destacar:

  • Comunicação V2X – conjunto de soluções de comunicações veiculares no âmbito de carros autónomos (quatro rodas) e veículos de duas rodas que potencie o caminho para a comunicação entre veículos, pessoas e infraestruturas.
  • Connected 2Wheelers – soluções aplicadas no contexto dos veículos de duas rodas (2-wheelers) tendo em vista uma maior conectividade, segurança e eficiência nos veículos de duas rodas. 
  • Cockpit Inteligente – O interior do veículo capaz de responder a todas as necessidades dos seus ocupantes de forma rápida e segura.
  • Occupant Emotional Monitoring – Monitorização de comportamentos violentos, de vandalismo, ou até situações de emergência de saúde.
  • In-vehicle Sensors – Inclusão de sensores capazes de recolher informação valiosa para que o veículo seja capaz de aprender com a experiência.

 

Sensible Car: tecnologias para níveis máximos de condução autónoma

As tecnologias desenvolvidas em Braga no âmbito do programa Sensible Car possibilitam dar resposta ao desafio de alcançar os níveis máximos de condução autónoma, ou seja, a partir dos quais não se requer qualquer intervenção do condutor, o que só é possível dotando o veículo automóvel da capacidade de perceber e atuar sobre o seu estado, o dos seus ocupantes e da sua envolvente.

Neste sentido, os engenheiros da Bosch em conjunto com os investigadores da UMinho desenvolveram sensores inteligentes críticos que permitem a perceção integral da envolvente, assim como a localização precisa e atualizada em tempo real e atuação sem falhas.

Das soluções desenvolvidas destaque para:

  • Sistemas LiDAR – tecnologia central no road-map global para a condução autónoma, traduziu-se no desenvolvimento ao nível do sistemas de varrimento, arquitetura e simplicidade nos sistemas óticos. Estes sensores, dotados de uma resolução alta, permitem a obtenção de informação geométrica muito detalhada do ambiente à volta do veículo.
  • Automotive Precise Positioning (APP) - tecnologia a ser usada para a correta manutenção na faixa de veículos, em situações de condução altamente autónoma (HAD). Entre outros sinais, o sensor APP utiliza sinais provenientes dos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) para uma estimativa precisa da posição. 
  • Road condition sensor – sensor capaz de aferir a condição do piso quanto à presença de água, neve e gelo, dotado de um novo conceito ótico com elevada estabilidade térmica, que permite determinar as condições do pavimento em tempo real. Esta funcionalidade de previsão do estado do piso, implementada no veículo automóvel, fará parte da base das soluções inovadoras a nível mundial para o futuro da mobilidade automóvel, nomeadamente no campo da segurança ativa e no suporte à tomada de decisão para os níveis de condução autónoma mais avançados. 

 

“Inovação: o que aprendemos com o Portugal 2020 e como será o 2030”: o debate promovido pela Bosch

Para além da apresentação dos resultados e das inovações tecnológicas, o evento foi também o palco para a partilha de ideias sobre o tema da inovação em Portugal. Para isso, a Bosch promoveu a realização de uma mesa redonda elencada ao tema “Inovação: o que aprendemos com o Portugal 2020 e como será o 2030”, que contou com a participação como oradores de Carlos Ribas, responsável da Bosch em Portugal; o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro; Luis Castro Henriques, presidente da AICEP; António Cunha, presidente da CCDR-N; e Fernando Alexandre, professor e investigador UMinho e coordenador do estudo sobre financiamento e grandes impactos para as instituições e sociedade, que serviu de mote à introdução do debate.

O impacto dos projetos de inovação financiados para a Bosch e a UMinho, a aposta de Portugal e da indústria na inovação e o respetivo impacto na competitividade, a atratividade para projetos de alto valor acrescentado e a criação de conhecimento crítico foram alguns dos assuntos em discussão.

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