SEGURANÇA
Sustentabilidade e compliance: o papel estratégico das TI na transformação sustentável das organizações

Sustentabilidade e compliance: o papel estratégico das TI na transformação sustentável das organizações

No atual panorama regulatório e ambiental, os departamentos de Tecnologias de Informação (TI) enfrentam um novo desafio — e uma grande oportunidade: alinhar a sua estratégia com objetivos de sustentabilidade sem comprometer desempenho, segurança ou inovação.

A integração de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas decisões tecnológicas deixou de ser uma preocupação secundária: é hoje um eixo central do compliance empresarial e um fator diferenciador no posicionamento competitivo. 

As TI estão no centro da operação das organizações. Por isso, são também responsáveis por garantir que os sistemas, infraestruturas e aquisições tecnológicas cumpram com as normativas de sustentabilidade, como o CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive) e os requisitos associados à economia circular, à pegada de carbono e ao ciclo de vida dos equipamentos. 

 

Pilar Codina, corporate sustainability manager da Epson

Neste contexto, o papel dos profissionais de TI evolui: de gestores de sistemas para gestores de impacto. Cabe às equipas técnicas assegurar que a tecnologia utilizada é energeticamente eficiente, de manutenção reduzida, e pensada para reutilização ou reciclagem ao fim da sua vida útil. O compliance exige agora métricas ambientais ao lado dos tradicionais indicadores de desempenho.

Escolhas tecnológicas inteligentes: eficiência, segurança e sustentabilidade 

A adoção de soluções como a impressão sem calor (Heat-Free), já aplicada em contexto empresarial por empresas como a Epson, demonstra como é possível reduzir drasticamente o consumo energético nas operações do dia a dia sem comprometer fiabilidade ou qualidade. O mesmo se aplica à escolha de servidores com melhor eficiência energética ou à adoção de políticas de virtualização e cloud — embora, aqui, o impacto de fundo dependa também das práticas dos fornecedores. 

Para os profissionais de TI, isto significa pensar estrategicamente: considerar não apenas o custo de aquisição de um sistema, mas o seu Total Cost of Ownership (TCO), incluindo consumo, manutenção, atualizações, segurança e descarte. Este tipo de análise permite justificar investimentos sustentáveis junto das direções financeiras e apoiar decisões com base em dados concretos. 

Sustentabilidade e cibersegurança: eixos compatíveis 

Uma dúvida comum entre as equipas técnicas prende-se com a compatibilidade entre sustentabilidade e cibersegurança. A resposta é clara: não são objetivos opostos. É perfeitamente viável — e desejável — que um sistema seja simultaneamente seguro e sustentável. Por exemplo, ao implementar uma solução de impressão ou armazenamento de dados, os responsáveis de TI podem escolher opções com menor impacto ambiental sem abdicar de requisitos de encriptação, autenticação ou proteção de acesso. 

O equilíbrio entre proteção de dados e impacto ambiental está ao alcance das boas práticas de TI. Tudo depende de escolhas bem informadas, de fornecedores comprometidos e de um planeamento estratégico alinhado com a missão ESG da organização. 

Obstáculos à implementação: o custo… ou a perceção dele 

Uma das maiores barreiras à adoção de tecnologia sustentável continua a ser o custo inicial. Mas a visão tradicional de análise de investimento — centrada apenas no preço de aquisição — já não é suficiente. Equipas de TI que consigam demonstrar o custo total do ciclo de vida (incluindo poupança energética, menor necessidade de suporte, maior durabilidade, menor risco de falha) estarão mais bem posicionadas para influenciar decisões e promover soluções sustentáveis dentro da organização. 

O futuro aponta para uma integração ainda maior entre departamentos: marketing, responsabilidade social, compras e TI deverão colaborar para definir critérios de aquisição, métricas de desempenho e objetivos sustentáveis comuns. A criação de comités de sustentabilidade com presença ativa das TI é uma tendência crescente. 

Adicionalmente, espera-se uma valorização crescente de soluções tecnológicas baseadas em reutilização, prolongamento da vida útil e design sustentável. Profissionais de TI capazes de liderar esta transformação serão peças-chave no novo paradigma empresarial. 

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Epson

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