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Lisboa, Porto, Oeiras, e Bragança lideram índice de cidades inteligentes em Portugal

Lisboa, Porto, Oeiras, e Bragança lideram índice de cidades inteligentes em Portugal

A IDC – líder mundial em Market Intelligence, serviços de consultoria, e organização de eventos para mercados das TIC – publicou no dia 25 de maio de 2015 em colaboração com a NOVA IMS um estudo que classifica 50 dos maiores municípios portugueses em termos do seu nível de desenvolvimento de infraestruturas e processos necessários para as “smart cities” do futuro: os municípios mais bem-classificados foram os de Lisboa, Porto, Oeiras, e Bragança

O estudo em questão, intitulado “Portuguese Smart Cities Index 2015”, tem o objetivo de avaliar de forma independente os municípios portugueses de modo a estabelecer um ponto de referência para o desenvolvimento futuro das cidades nacionais. Estabelece não só um ranking dos municípios mais desenvolvidos, mas apresenta também recomendações e um modelo de maturidade para o desenvolvimento de cidades inteligentes com base num total de quatro vetores chave: estratégia; processos; cultura; tecnologias; e dados.

Gabriel Coimbra – o diretor geral da IDC Portugal – diz que “este estudo retrata a situação atual no território nacional”, analisando “as principais componentes necessárias para os municípios evoluírem os seus modelos de gestão e de desenvolvimento, bem como estabelecerem a base de um futuro mais inteligente e sustentável”.

Após análise dos 47 indicadores em 50 municípios, o estudo identificou três clusters de municípios “inteligentes” – respetivamente classificados como (1) Top, (2) Competidores e (3) Seguidores. Assim, enquanto Lisboa, Oeiras, Porto e Bragança integram o primeiro grupo, os municípios de Guimarães, Coimbra, Viana do Castelo, Barcelos, Cascais, Aveiro, Oliveira de Azeméis, Matosinhos, Leiria, Faro, Braga, Évora, Funchal, Valongo, Loulé integram o grupo dos Competidores. Os restantes 31 municípios do estudo foram classificados como Seguidores.

Os quatro municípios que lideram o ranking destacam-se todos em termos de políticas, da estratégia, e dos projetos implementados pelos diferentes ‘stakeholders’ relativamente ao governo, edifícios, mobilidade, energia e aos serviços inteligentes (Vetores de Inteligência): com exceção do Porto – que está na média – aqueles municípios apresentam uma performance económica, demográfica, e de uso das TIC (Forças Motrizes) bastante acima da média. Já os 15 competidores estão praticamente todas acima da média no que toca que a políticas, à estratégia, e a projetos na área das cidades inteligentes (Vetores de Inteligência). Braga está ligeiramente abaixo da média no que toca aos Vetores de Inteligência mas tem uma performance económica, demográfica e de utilização das TIC (Forças Motrizes) bastante acima da média. Os únicos municípios que estão abaixo da média na dimensão das Forças Motrizes (Oliveira de Azeméis, Funchal e Loulé) estão no entanto bastante acima da média na dimensão dos Vetores de Inteligência. Finalmente os restantes 31 municípios encontram-se abaixo da média nas duas dimensões de análise. Viseu e Beja estão acima da média em termos de Vetores de Inteligência mas estão muito abaixo em termos das Forças Motrizes. Já a Maia, Póvoa do Varzim, Guarda, Palmela e Castelo Branco estão ligeiramente acima da média na dimensão de Forças Motrizes, mas muito abaixo no que toca aos Vetores de Inteligência.


Metodologia

Para desenvolver o Smart Cities Index, a IDC Portugal em parceria com a NOVA IMS, procedeu, em primeiro lugar, à definição de um modelo com critérios objetivos para análise do desenvolvimento de uma cidade inteligente. Neste contexto, e numa primeira fase, foram selecionados 50 municípios que partilhavam um conjunto de características. Numa segunda fase, a IDC Portugal irá analisar a totalidade dos municípios nacionais.

Concluída a definição do modelo, a equipa da IDC Portugal e da NOVA IMS procedeu à identificação dos subcritérios de avaliação - Forças Motrizes e Vetores de Inteligência - assim como estabeleceu a respetiva ponderação a utilizar para cada um dos critérios.

Concluída esta fase, foi necessário proceder à recolha dos indicadores para cada um dos subcritérios identificados, através de fontes diretas (INE, Pordata, etc), e de um inquérito enviado aos municípios incluídos na avaliação e análise dos sites dos respetivos municípios.
Paralelamente ao inquérito a equipa da IDC Portugal e da NOVA IMS analisou todos os websites das Câmaras Municipais e respetivas empresas públicas de forma a validar e completar a informação para cada um dos municípios.

A lista dos indicadores analisados é bastante vasta, e engloba as categorias Pessoas (idade média dos cidadãos, crescimento da população, escolaridade, etc.); Economia (poder de compra per capita, crescimento do poder de compra, VAB per capita, etc.); e Tecnologias de Informação e de Comunicação (alunos por computador no ensino básico e secundário, entrega de declarações fiscais online, e despesas com TIC por habitante). Por seu lado os Vetores de Inteligência incluem as áreas de Smart Government (acesso online às despesas da autarquia, a política de Open Data e o número de “data sets” disponibilizados”, etc.); Smart Buildings (política de eficiência energética destinada a novos edifícios, e edifícios certificados com níveis de eficiência A e A+); Smart Mobility (incentivos para veículos com emissões reduzidas, iniciativas de carpooling, carsharing, etc.); Smart Services & Living (penetração de videovigilância em locais públicos, sensores e sistemas de controlo para prevenção de fogos, etc.), e ainda Smart Energy & Environment.

Por último, procedeu-se à normalização dos indicadores e aplicação do modelo de ponderação com o objetivo de obter o ‘ranking’ das cidades inteligentes em Portugal.

A ponderação aplica foi a seguinte:

Forças Motrizes (50% do total)


  • Pessoas (30% das Forças Motrizes)
  • Economia (30% das Forças Motrizes)
  • Tecnologias de informação e comunicações (40% das Forças Motrizes)

Vetores de Inteligência (50% do total)

  • Smart Government (20% dos Vetores de Inteligência)
  • Smart Buildings (20% dos Vetores de Inteligência)
  • Smart Mobility (20% dos Vetores de Inteligência)
  • Smart Services & Living (20% dos Vetores de Inteligência)
  • Smart Energy & Environment (20% dos Vetores de Inteligência)

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