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Investimento em veículos elétricos já teve impacto nas alterações climáticas

Investimento em veículos elétricos já teve impacto nas alterações climáticas

O crescimento das vendas de automóveis elétricos e o aumento do interesse público nas mudanças climáticas estão diretamente relacionados com uma recente desaceleração do aquecimento global, segundo o Schroders Climate Progress Dashboard

Lançado em 2017, o relatório Climate Progress Dashboard oferece aos analistas, investidores e clientes da Schroders insights sobre o progresso que os governos e indústrias estão a fazer nos seus esforços para alcançar o objetivo estabelecido no Acordo de Paris – manter o aquecimento global menos de 2ºC acima da temperatura pré-industrial.

De acordo com este relatório, a subida prevista na temperatura diminuiu pelo segundo trimestre consecutivo, apontando para um aumento de 3.8ºC, menos uma décima do que no trimestre anterior.

Os resultados do primeiro trimestre apontam as vendas de carros elétricos como o principal fator impulsionador desta melhoria. Até janeiro de 2019, o número de veículos elétricos vendidos viu um crescimento ano-a-ano perto de 200% a nível global e 300% na China.

Adicionalmente, um inquérito anual feito à população dos Estados Unidos determinou que o número de cidadãos significativamente preocupados com as alterações climáticas alcançou os 65%, dois pontos percentuais acima do ano anterior, levando a uma melhoria no indicador “interesse público” do Climate Progress Dashboard. 

“A eletrificação dos transportes não é por si só uma solução para as alterações climáticas, mas não deixa de ser um passo importante na direção da descarbonização“, refere Andrew Howard, Head of Sustainable Research da Schroders. “O crescimento da indústria é impressionante, e até agora só tem acelerado.”

Por outro lado, acrescenta, o investimento de capital no petróleo e gás natural –  que corresponde atualmente a perto de 8% dos ativos da indústria – constitui uma forte condicionante a este progresso. 

“Perguntámo-nos o ano passado se os produtores iriam limitar o investimento de capital com a melhoria dos preços e cash flows, demonstrando disciplina deliberada em vez de forçada, ou se o investimento iria continuar a aumentar como aconteceu nos ciclos passados. Ainda fica por ver.”

Em suma, conclui Howard, estamos a caminhar na direção certa – mas se queremos alcançar os objetivos do Acordo de Paris, é preciso correr.

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