ENERGIAS
Alternativas ao lítio podem estar mais perto do que se pensava

Alternativas ao lítio podem estar mais perto do que se pensava

Um grupo de investigadores da Universidade de Houston (EUA) está oferecer uma nova perspetiva sobre o estado atual da investigação de baterias de iões metálicos polivalentes, que podem vir a revolucionar o armazenamento de energia ao reduzir a dependência do lítio

Essa iniciativa surgiu como consequência das limitações de disponibilidade e custo do lítio, o que levou à procura de tecnologias alternativas de armazenamento com recurso a elementos mais abundantes que ofereçam maior densidade e segurança de energia, como magnésio, cálcio, zinco e alumínio, conhecidos como metais polivalentes.

Segundo os investigadores, estas baterias compartilham muitas semelhanças a nível seus princípios operacionais com as baterias de lítio, sugerindo que podem vir ser rapidamente adotadas pela indústria.

Ao contrário de estudos anteriores, os investigadores fizeram uma reavaliação da densidade de energia com base no ânodo e no cátodo; em avaliações anteriores, a densidade de energia havia sido considerada apenas a nível do ânodo, ou seja, em apenas um dos dois eletrodos, fornecendo conclusões enganosas que posicionaram estas baterias de forma incorreta face aos padrões atuais

O uso direto de metais enquanto ânodos é um aspecto importante para as promessas de segurança e densidade energética destas baterias, mas há incertezas quanto à viabilidade dos mesmos. Por outro lado, os investigadores consideram que as soluções eletrolíticas e a compreensão dos fenômenos de interface associados estão a melhorar, mas ainda estão longe da maturidade.

A equipa de investigação publicou uma lista de recomendações, o que garantirá que futuros estudos se concentrem na otimização da bateria. As recomendações incluem uma melhor compreensão do comportamento de crescimento dos ânodos metálicos e a realização de várias práticas para avaliar a compatibilidade dos ânodos metálicos com as soluções eletrolíticas e a eficácia dos revestimentos de proteção.

Além disto, pretende-se estabelecer procedimentos e técnicas para interpretar corretamente o mecanismo de armazenamento de iões no cátodo e ter diferentes abordagens para desenvolver melhores materiais catódicos.

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