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Transição para energia renovável impulsiona a transformação da indústria

Opinião

Transição para energia renovável impulsiona a transformação da indústria

À medida que o setor energético renovável se expande, os gestores de risco devem responder a um cenário de risco em evolução, causado pelas alterações climáticas, cujo impacto na próxima década será muito maior que a crise pandémica atual.

As alterações climáticas e a subsequente transição para iniciativas de energia renovável e de baixo teor de carbono, bem como, a crescente importância significativa das pressões Ambientais, Sociais e de Governança (ESG), irão transformar o cenário de risco da indústria de energia renovável.

O impacto crescente das alterações climáticas e dos fatores ESG constituem o tema principal do relatórioanual da Willis Towers Watson, Renewable Energy Market Review. Os principais desafios causados pelas mudanças climáticas, incluindo a superação de barreiras de crescimento, o escrutínio regulatório e potenciais litígios futuros, exigem que os gestores de risco encarem estes desafios de frente. Na verdade, o seu papel de gestão, intervenção e execução, será cada vez mais importante à medida que forem liderando as mudanças na regulamentação, tecnologia e inovação, além de traduzir tudo o que estes desafios significam para a sua empresa, seus colaboradores e seus investidores. 

Adicionalmente, demonstrar um desempenho ESG melhorado ajudará a reduzir o custo de capital e a melhorar as parcerias no seio de indústrias e comunidades. Estas pressões crescentes estão também a criar crescimento no setor da energia renovável, à medida que as empresas procuram fazer a transição para um ambiente de baixo teor de carbono.

Existem cada menos duvidas de que o fator de sustentabilidade climática (aliado à robustez e aceleração da estratégia digital, bem como, ao grau de motivação e satisfação dos colaboradores) será decisivo para as empresas, em futuras escolhas dos seus fornecedores. As opções de compra incluirão critérios e compromissos de descarbonização, o que levará a uma maior pressão sobre a redução da pegada carbónica dos seus parceiros.

 

Efeitos no mercado segurador

A indústria de energias renováveis enfrenta uma pressão ainda maior do setor dos seguros, à medida que as seguradoras procuram capitalizar os aumentos de preços do ano passado para restaurar a rentabilidade dos seus portfólios. Aumentos entre 10 e 40% estão a ocorrer numa variedade de mercados globais, subindo para valores ainda mais significativos nos contratos que apresentem sinistralidade. 

Alguns dos principais desafios que afetam o mercado dos seguros de energias renováveis incluem ativos, operação e manutenção de equipamentos obsoletos, riscos de catástrofe natural, experiência de quem contrata, obrigações de credores, ritmo da mudança tecnológica e riscos de interrupção da cadeia de abastecimento relacionados com a COVID-19.

Nestes tempos sem precedentes, a indústria das energias renováveis encontra-se rodeada de riscos e desafios, numa altura em que a COVID-19 aperta o seu domínio sobre a economia global e as condições do mercado de seguros endurecem. No entanto, é a questão do risco climático e ESG que terá um impacto mais significativo na configuração futura desta indústria. As empresas de energias renováveis devem desenvolver uma pegada ESG significativa e incorporar o risco das mudanças climáticas nas suas estratégias de mitigação de risco, de forma a sobreviver no futuro.

Estas empresas precisam de saber como é que a transição energética irá afetar a sua indústria, porque é que as alterações climáticas já estão a transformar o seu cenário de risco na indústria, como podem desempenhar um papel estratégico no desenvolvimento da sua resposta a esta transição, e quais são as pressões ESG que irão afetar a indústria no futuro. 

Só com este conhecimento profundo poderão garantir que o impulsionamento da indústria descarbonizada será devidamente sustentado, equilibrado e menos exposto aos riscos e desafios das alterações climáticas, que vão ocorrer de forma recorrente na próxima década.

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