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Estudo aponta crescente investimento na mobilidade elétrica por parte das empresas

Estudo aponta crescente investimento na mobilidade elétrica por parte das empresas

O segundo estudo “Motorizações: qual a mais eficiente?” da LeasePlan indica que a mobilidade elétrica está no topo da agenda dos gestores de frotas, em grande parte graças à redução do seu custo total de utilização, fruto de benefícios fiscais, do desenvolvimento do mercado e menores custos de manutenção

A mobilidade elétrica começa a ganhar alguma maturidade; em comparação com a primeira edição do “motorizações: qual a mais eficiente?” da LeasePlan, na qual foram analisados os mesmos segmentos e quilometragens, verifica-se-se que, em primeiro lugar, já existem soluções 100% elétricas para todos os segmentos analisados passado apenas um ano. Em segundo lugar, ocorreu também a um ganho de competitividade assinalável dos veículos 100% elétricos em muitos segmentos e – para vários perfis de quilometragem, em particular no segmento dos utilitários – em muito alavancado pela clara aposta dos fabricantes automóveis em versões elétricas das suas opções citadinas. Estas são algumas das conclusões do estudo anual “Motorizações”, elaborado sobre empresas com frotas entre 75 e 200 veículos.

Considerando que os 8 segmentos do estudo representam 86% da frota do mercado de renting (Utilitário, Pequeno Familiar SUV, Pequeno Familiar Generalista, Pequeno Familiar Premium, Médio Familiar Generalista, Médio Familiar Premium, Grande Familiar e Pequeno Furgão), o estudo constata que os ganhos de competitividade dos veículos elétricos e plug-in aumentaram comparativamente ao estudo do ano passado. Tendo em conta a quilometragem mais escolhida pelas empresas (30.000 km/ano), juntamente com o peso relativo de cada segmento nas frotas, o número de veículos elétricos custo total de utilização (TCO) é inferior aos veículos tradicionais subiu dos 53% para os atuais 65% em 2019, um acréscimo de 12% em apenas um ano.

De referir ainda que, na análise deste ano, a propulsão a diesel deixa de ser competitiva no segmento dos utilitários, quando no ano passado era a mais competitiva em 5 dos 7 perfis de utilização considerados.

Uma outra análise relevante para as frotas é perceber onde estão as principais diferenças de custos entre um veículo diesel e um 100% elétrico. A competitividade do veículo elétrico face ao diesel está alicerçada em 3 componentes muito importantes do TCO: impostos, custos de energia e custos com a manutenção. Assim, o que se percebe e conclui é que, globalmente, os custos de utilização de um veículo 100% elétrico são na verdade mais baixos do que os de um veículo diesel equivalente. 

A procura por veículos elétricos tem-se intensificado ao longo dos anos. No entanto, mesmo havendo crescimento, a taxa de penetração dos veículos elétricos globalmente é de apenas 2,2%. Portugal apresenta taxas de penetração de 3,3%, acima da taxa europeia (1,8%). Porém, o mercado de renting nacional tem exibido um crescimento de veículos elétricos mais rápido do que o registado pelo mercado português global. Neste sentido, o renting tem sido um driver para a transição elétrica. O estudo indica também que nos últimos 3 anos o renting tem privilegiado os veículos 100% elétricos, enquanto no mercado nacional os híbridos plug-in têm tido a preferência dos consumidores.

Há um aspeto relevante que é o facto das conclusões do estudo diferirem quando se analisa as grandes em comparação com as pequenas e médias empresas, onde a transição para a eletrificação é mais favorável já que nestas não existe grande elasticidade nos descontos das Marcas e a competitividade dos elétricos ganha assim mais relevo”, refere Pedro Pessoa, Diretor Comercial da LeasePlan. 

Um dos fatores que mais tem afetado a procura por veículos elétricos no mundo inteiro é o conjunto de incentivos governamentais para a transição elétrica. Para além dos apoios na compra, os governos também podem desenvolver políticas fiscais que favoreçam os veículos elétrico, sendo esse o caso português, “embora com realidades diferentes para particulares e empresas”, comenta Pedro Pessoa, que acrescenta ainda que “para que a transição seja feita nos particulares, constatamos que o incentivo fiscal às empresas pode ser algo a considerar para este mercado também”.

Uma das formas de auscultação alargada do mercado da LeasePlan é o LeasePlan Mobility Monitor, uma pesquisa anual que recolhe opiniões dos consumidores e das empresas sobre os temas mais prementes que o setor da mobilidade enfrenta e que incluiu Portugal, com os condutores portugueses a revelarem ser dos mais positivos em relação aos veículos elétricos, com 87% a referirem que têm uma atitude muito positiva quanto à mudança para VE e 51% a confirmarem que têm intenção de mudar para um elétrico na compra do próximo veículo.

Existe, em conclusão, um saudável apetite do mercado português para a mobilidade elétrica, onde tanto as empresas como os particulares não só revelam uma preocupação ambiental como também reconhecem na mobilidade elétrica uma oportunidade de otimização de custos.

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